A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em nota enviada a redação do Guarulhos HOJE no fim da tarde de ontem, disse que a reitoria da instituição e a diretoria acadêmica do campus Guarulhos estão empenhadas na resolução dos problemas e que se reuniram com alunos e docentes do campus na última segunda para tentarem por fim a greve de mais de 40 dias dos estudantes. No entanto, a nota enviada à redação não responde o principal questionamento feito pela reportagem: Quando o prédio anexo do campus Guarulhos começará a ser construído?
Em resposta, a Unifesp respondeu apenas que a licitação de construção do novo prédio está em vias de conclusão, mas não informou data e nem qual expectativa para conclusão da licitação. A resposta, inclusive, foi a mesma dada há cerca de seis meses, quando o Guarulhos HOJE já havia questionado a universidade sobre o novo prédio. Para tentar amenizar o problema de falta de salas de aulas no campus, a Unifesp informou que e já foi alugado, pela Prefeitura Municipal de Guarulhos, um imóvel, próximo a área atual para a transferência dos setores administrativos. Essa transferência resultará no aumento de 30% da área disponível do campus para atividades acadêmicas e para a instalação de uma biblioteca conforme a Unifesp.
A Unifesp informou também que já foram tomadas medidas visando à melhoria da oferta de transporte no trecho Itaquera Zona Leste de São Paulo/Unifesp, que é uma das reivindicações dos alunos mas, no entanto, não especificou quais foram as medidas tomadas.
Reitegração
Na última quinta-feira, dia 3, alunos invadiram e tomaram a reitoria do campus Guarulhos como forma de protesto e pressão para que a universidade apresentasse propostas concretas para as reivindicações estudantis. Segundo a nota oficial enviada à redação do Guarulhos HOJE, às 21h30 do último sábado, dia 5, houve a desocupação da sala da diretoria acadêmica do campus, em obediência à ordem judicial de reintegração de posse expedida pela Justiça Federal de forma pacífica e sem confrontos.
Desde o final de março, cerca de 2.900 alunos da Unifesp do campus Pimentas estão em greve alegando falta de salas de aula, laboratório de informática, restaurante universitário, ausência de moradia estudantil e pedem mais ônibus para realizar o transporte até a universidade.