Rosana Ibanez
A necessidade de pallets, estrado de madeira utilizado como suporte de cargas, é muito comum entre as empresas, em virtude da resistência e eficácia em sua movimentação que o suporte oferece, além da facilidade de armazenamento, transporte e segurança para os produtos.
Contudo a principal matéria-prima utilizada na fabricação dos suportes, ainda continua sendo a madeira. Por este motivo, a recuperação dos pallets em atividades de sustentabilidade tem sido um grande alvo das empresas especializadas, uma vez em que a cada 30 unidades recuperadas deixa-se de utilizar um metro cúbico de madeira.
Foi pensando nisso que a Cummins Brasil, maior fabricante independente de motores Diesel, recebeu no início do mês, o primeiro lote completo, composto de mil pallets reciclados, da entidade Movimento Emmaús.
O programa Reciclagem de Pallets foi desenvolvido por funcionários da empresa no primeiro trimestre de 2011 com o objetivo de intensificar a reciclagem da madeira utilizada diariamente pela unidade.
"Conseguimos encontrar um grande parceiro que, além de prolongar a vida útil de um recurso natural, gera renda e torna nosso projeto um ato sustentável, permitindo à comunidade acolher e agregar mais valores", afirma Soraia Senhorini Franco, gerente regional de Responsabilidade Corporativa para a América do Sul.
Segundo a empresa, são sete toneladas de madeira utilizadas por dia e a meta inicial é repassar duas toneladas diariamente a serem remanufaturadas para esta entidade focada em reabilitação.
A coleta da madeira doada é feita semanalmente pela equipe da Emmaús que repassa o material totalmente remodelado para a Unidade de PDC (Parts Distribution Center) da Cummins. Com a participação da empresa, a Emmaús dobrou o número de pessoas atendidas diariamente – sendo, a grande maioria, moradores de rua.
Árvores da cidade também são recicladas
Ajudar na preservação do meio ambiente. É este o principal objetivo da Serraria Ecológica, desenvolvida pela Prefeitura desde 2008, para reciclar e reutilizar troncos de árvores podadas, transplantadas ou derrubadas por temporais.
Parte deste material também é incorporada no paisagismo do município, reduzindo drasticamente o volume destes resíduos, que anteriormente eram descartados em aterros sanitários.
Um bom exemplo do trabalho realizado na serraria é a Praça dos Químicos, localizada na região central de Guarulhos, que foi revitalizada e no mês passado ganhou um deck de 50 metros quadrados, bancos, mesas e 16 pontos de luz em colunas ornamentais de madeira, ao lado de cinco luminárias decorativas e de refletores para realçar a vegetação.
Com o projeto, a Prefeitura estima uma economia de R$ 50 mil por ano, uma vez em que dispensa a compra de madeira, antes necessária para equipar parques e áreas de lazer com bancos, mesas, estruturas de telhados, entre outros.
Boa parte das madeiras que passaram a ser reaproveitadas chega a custar R$ 2 mil reais por metro cúbico. Antes da aquisição da minisserraria, no entanto, muitas eram jogadas no aterro sanitário, incluindo os troncos, que hoje são totalmente reciclados e utilizados para adubar a vegetação de praças e jardins.