O Índice de Potencial de Consumo (IPC), da IPC Marketing, revelou que mesmo tendo apresentado crescimento, Guarulhos caiu da 13ª para a 14ª posição no ranking nacional, sendo superada pela capital paraense, Belém, no mercado consumidor do país.
Segundo a pesquisa, em 2011 o potencial de consumo de Guarulhos era de R$ 18,7 bilhões enquanto Belém possuía R$ 16,4 bilhões. Neste ano a cidade paulista terá como média de consumo R$ 20,5 bilhões e na capital do Pará será de R$ 20,6 bilhões. No entanto, o município tem o terceiro melhor índice do estado – atrás apenas de São Paulo e Campinas.
Apesar de o poder para consumir ter apresentado crescimento em Guarulhos, o IPC (share de consumo) não segue o mesmo caminho. Enquanto que em 2011 ele correspondia a 0,76486, neste ano ele representa 0,75439. A queda significa que outras localidades cresceram mais e passaram à frente no ranking de potencial de consumo.
O Índice de Potencial de Consumo indica a participação de cada estado e dos municípios no consumo do país. São pesquisadas 21 categorias econômicas que compõem as despesas das famílias e alguns itens do aumento de patrimônio, como a compra de veículo ou da casa própria.
Já o consumo dos brasileiros registrará a cifra de R$ 2,725 trilhões neste ano, apresentando um crescimento superior a R$ 273 bilhões quando comparado com o mesmo estudo do ano passado. Além disso, em termos reais, a pesquisa apresenta que as despesas das famílias crescerão acima do PIB, equivalente a 3,6%, indicando um aumento populacional da ordem de 0,8%.
Interior do Estado ultrapassa Região Metropolitana
Outro aspecto revelado pelo estudo foi o crescimento no mercado de consumo apresentado pelo Interior do Estado em relação à Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Segundo a pesquisa, esse resultado reafirma a tendência de descentralização do consumo para o interior, observada nos últimos cinco anos em todos os estados brasileiros.
Neste ano a participação das capitais será de 32,5%, ante os 32,7% registrados em 2011. Isso significa que o consumo das famílias do interior deverá somar R$ 382,3 bilhões, o que representa 50,2% do total do estado, enquanto a RMSP será responsável por R$ 379,1 bilhões, 49,8%. Dentre as principais áreas de consumo estão a habitação, alimentação, saúde, vestuário, educação e transporte.
Segundo especialistas, dentre os principais fatores responsáveis por esta mudança está a migração de empresas das capitais para o interior dos estados, visando a redução de custos e um aumento na produtividade. Há dez anos, 36,7% do consumo das famílias estava nas 27 capitais, número que caiu, em 2007, para 33,1% e, neste ano, para 32,4%.