Cidades

Déficit nas contas faz com que Ipref descredencie hospital Carlos Chagas

O instituto anunciou o fim do convênio com um dos principais equipamentos de saúde

O déficit nas contas do Instituto de Previdência dos Funcionários Públicos Municipais de Guarulhos (Ipref), que este ano deve superar os R$ 60 milhões, agora também atinge os assegurados que necessitam de atendimento médico. O instituto anunciou o fim do convênio com um dos principais equipamentos de saúde: o Hospital Carlos Chagas.

Na última sexta-feira, o órgão publicou em seu site oficial uma nota informando aos beneficiários da assistência à saúde que os atendimentos no hospital estão suspensos desde o dia 2 de agosto por problemas contratuais. Segundo a nota, o Ipref estaria realizando todos os esforços necessários para a retomada da prestação de serviços. No entanto a diretoria do órgão não respondeu aos questionamentos da reportagem do Guarulhos HOJE informando sobre os motivos que levaram a esta decisão e quantos beneficiários dependem atualmente de atendimento médico.

Segundo o hospital, o número de atendimentos realizados oriundos do órgão variava mensalmente e o Ipref teria solicitado a suspensão temporária do contrato de prestação de serviços por motivos particulares.

No entanto, segundo o médico e vereador José Mário (PSDB), isso é reflexo da má administração do dinheiro público presenciada atualmente que tem deixado de pagar seus fornecedores e prestadores de serviço. "O Ipref é um ralo de jogar dinheiro fora e a culpa não é do Carlos Chagas. Se o hospital para de receber ele tem que parar de atender. Vivemos num país capitalista que depende de dinheiro para se manter", ressaltou o parlamentar durante discurso na Câmara Municipal de Guarulhos na tarde de ontem.

Os atendimentos que eram realizados no Hospital Carlos Chagas estão sendo direcionados para a rede credenciada de hospitais, clínicas, policlínicas, laboratórios e profissionais liberais. Contudo, não há um prazo para a solução deste problema.

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