O secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, afirmou nesta sexta-feira, 27, que a prioridade do governo dos Estados Unidos, neste momento, em meio à pandemia de covid-19, é a questão de saúde pública, e depois a questão econômica. A fala destoa do que vem sendo propagado pelo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e aliados – de que os americanos estariam alinhados com a estratégia do chefe do Planalto de afrouxar medidas de controle da propagação do coronavírus para minimizar as consequências econômicas.
Ainda assim, Mnuchin destacou que o salto no números de pedidos auxílio-desemprego no país, que, conforme divulgação na quinta-feira, 26, chegaram ao recorde histórico de 3,283 milhões em uma semana, são uma questão preocupante, mas que os estímulos anunciados recentemente no país devem manter 50% dos trabalhadores em seus postos de trabalho. "Temos recursos para suportar a economia dos EUA", afirmou. "A economia dos EUA vai se recuperar muito rapidamente do coronavírus", completou.
<b>Programa de empréstimos</b>
O secretário do Tesouro americano disse que os Estados Unidos anunciarão um novo programa de empréstimos para apoiar a economia, impactada pelo coronavírus, na próxima sexta-feira. "A população precisa de dinheiro, e agora", afirmou, em entrevista à <i>Fox News</i>.
Mnuchin ainda declarou que as diferentes medidas anunciadas pelo governo não são um resgate para companhias aéreas, que têm sofrido com a queda da demanda por conta do covid-19.
Para ele, não há problema se a Boeing "pensa que pode operar" sem apoio do governo federal. "É isso que queremos", afirmou. As ações da companhia no pré-mercado de Nova York, em seguida, recuaram.