Cidades

UNG entrega certificados a detentos do presídio Parada Neto

Ao todo foram 50 sentenciados que frequentaram as atividades e, destes, 20 conseguiram a certificação

A Universidade de Guarulhos entregou, na tarde de ontem, 14 certificados, após os reeducandos passarem pela 2ª edição do projeto de capacitação profissional firmado entre a UNG e o Poder Judiciário. O projeto visa capacitar profissionalmente presidiários em regime semiaberto da Penitenciária José Parada Neto.

Ao todo foram 50 sentenciados que frequentaram as atividades e, destes, 20 conseguiram a certificação. “A educação como ferramenta para a reinserção do detento a sociedade é de fundamental importância. Além de desenvolvimento do ser humano, a cada 12 horas de estudos eles reduzem um dia na pena total. Muitos deles já estão trabalhando”, disse Emerson Rodrigues Sanches, diretor do presídio José Parada Neto.

Os reeducandos receberam os certificados pela participação nos cursos de informática básica, gestão de projetos sociais, matemática para concursos, desenho artístico e fotografia. Todas as aulas foram ministradas por profissionais da universidade durante o mês de julho. “Todos devemos trabalhar em conjunto para poder oferecer uma forma de trazer as pessoas que cometeram algum erro no passado de volta ao convívio social. Esse tipo de parceria, entre iniciativa privada e estado, é uma das formas de trazer de volta, através da educação, esse pessoal de volta ao convívio da sociedade”, comentou o chanceler da UNG, professor Antonio Veronezi.

Um dos beneficiados pelo curso foi Jean Ricardo Galian, de 34 anos, que fez a profissionalização em artes. “Sempre gostei dessa parte de artes. Sempre gostei de ler sobre história da arte . Agora estou fazendo licenciatura em uma outra faculdade e, espero que daqui alguns anos, eu possa passar uma borracha no passado e conseguir vir a me tornar um professor”, contou.

Juiza enaltece programa

Para Juliana Koga Gama, juíza da Vara de Execuções Criminais de Guarulhos, esse tipo de iniciativa mostra ao detento a capacidade deles fazerem o bem. “A iniciativa mostra que é possível trazer de volta o detento ao convívio da sociedade mostrando a eles que é possível fazer o bem. Fico muito feliz e gratificada em poder acompanhar esse trabalho de perto”, concluiu a juíza que lembrou o juiz Jayme Garcia dos Santos Júnior, um dos idealizadores do projeto e que agora exerce a função de corregedor geral de justiça no Estado de São Paulo.

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