A suspensão da concessão de crédito aconteceu dias depois do Ministério do Trabalho e Emprego divulgar a chamada "lista suja", em agosto, onde relacionava 398 pessoas físicas e empresas – a maioria fazendeiros e companhias ligadas ao agronegócio – que mantinham os trabalhadores em condições análogas a escravidão.
A MRV aparecia três vezes na relação com irregularidades em obras em Bauru e Americana, no interior de São Paulo, e de sua subsidiária, Prime Incorporações, em Goiânia (GO). Segundo o órgão, nas duas primeiras cidades foram resgatados 68 trabalhadores em condições precárias no ano passado, a maioria deles trazidos de estados do Nordeste do país por empresas terceirizadas que prestavam serviço em obras da construtora. O Ministério apontou que eles não tinham registro de trabalho e ficavam em alojamentos sem as mínimas condições de higiene e acomodação.
A construtora alegou que a inclusão não teria sido precedida de nenhum ato administrativo e, por isso, seria ilegal.
Construtora comercializa cinco empreendimentos na cidade
Atualmente cinco empreendimentos estão em comercialização na cidade sendo um no Jardim Adriana, no Presidente Dutra e na Vila Rio; e dois no Bonsucesso totalizando 2.508 unidades. No entanto, somente em 2011 a MRV lançou 42 mil unidades em todo o país, 85% delas através do programa Minha Casa, Minha Vida com financiamento da Caixa Econômica Federal.
Em nota, a MRV lembra "que adota regras rígidas e políticas internas para o cumprimento e monitoramento da legislação trabalhista pelos seus fornecedores", reiterando ainda "que seus valores, princípios e missão são incompatíveis com qualquer situação que esteja em desacordo com as melhores práticas de trabalho".