Cidades

Queimadas às margens do Baquirivu colocam em risco a saúde da população

Adriana Malaquias Moreira contou que, para conseguir dormir, está colocando baldes de água nos quartos, mas o artifício não está aliviando mais
Há aproximadamente um mês, os moradores que residem próximo à avenida Francisco Cândido Xavier reclamam das constantes queimadas que vêm ocorrendo às margens do rio Baquirivu. O cheiro forte e a fumaça durante o dia e, principalmente, à noite têm trazido problemas respiratórios para a população, que não sabe se as queimadas são criminosas ou acidentalmente devido ao tempo seco.

"O cheiro está insuportável, temos que fechar a casa cedo para não piorar, pois arde muito os olhos. E o meu irmão que tem asma está muito mal", relatou a estudante Mylena Santos Dantas.

A analista de comércio exterior Adriana Malaquias Moreira contou que, para conseguir dormir, está colocando baldes de água nos quartos, mas o artifício não está aliviando mais. E que os contatos feitos com a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) foi em vão, já que até o momento nada foi feito.

O engenheiro Rafael Koiti Okamoto, gerente da Agência Ambiental de Guarulhos, disse que a queimada trata-se de um caso de queima ao ar livre de um material de origem vegetal, não se tratando de um episódio de disposição inadequada e queima de resíduos industriais, por isso, não é atendida pela Cetesb.

De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, a área é particular e o proprietário do terreno deverá ser notificado.

A Coordenadoria de Defesa Civil de Guarulhos esclarece que está monitorando o terreno, que passará por avaliações para saber qual o problema existente em seu subsolo. Foi solicitada a presença de geólogos da Prefeitura de Guarulhos, o Sistema Autônomo de Água e Esgoto (Saae), Secretaria do Meio Ambiente, Polícia Ambiental, Corpo de Bombeiros e a Cetesb para checar a gravidade e a causa do problema.

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