O júri estava previsto para acontecer nesta quarta, 8, às 13h, no Fórum Central de Guarulhos, mas foi postergado por causa da inclusão de novas provas por parte da defesa no processo. O promotor Rodrigo Merli Antunes alegou que não teve tempo de apreciá-las, o que levou o magistrado a optar pelo adiamento, um meio de evitar um recurso para a anulação da sentença pelo advogado do réu, segundo a assessoria do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP).
Quando o julgamento foi cancelado, o filho do pagodeiro, Lucas, que à época do crime tinha apenas 6 ano, já estava no fórum, pronto para prestar o primeiro depoimento do dia. O promotor do caso, Rodrigo Merli Antunes, é o mesmo do julgamento de Mércia, que ocorreu em março.
Evandro Gomes Correia Filho é acusado de matar a ex-mulher, a operadora de caixa Andréia Cristina Nóbrega Bezerra, e de tentar matar o filho dos dois. No dia 18 de novembro de 2008, mãe e filho caíram do 3º andar do prédio onde moravam em Guarulhos, na Grande São Paulo. O garoto parou sobre uma marquise, quebrou o maxilar e sobreviveu; Andréia caiu na calçada em frente ao edifício e morreu.
A polícia afirma que Andréia jogou o filho pela janela e se atirou em seguida para tentar preservar a integridade física dos dois, após serem ameaçados por Evandro.
Aproveitando-se da lei eleitoral, que impede a prisão de procurados cinco dias antes da eleição e até 48 horas depois, o pagodeiro concedeu entrevista no escritório de seu advogado em outubro de 2010 e causou revolta no Judiciário e no Ministério Público. De peruca, barba e bigode postiços, o músico negou ter matado a ex-mulher. Desde então, ele permanece foragido.