Doença tradicionalmente ligada ao verão, a conjuntivite encontra facilidade para se propagar também nos dias mais frios do ano. Nos meses de maio, junho e julho, quando as pessoas passam mais tempo em ambientes fechados, a transmissão viral ou bacteriana da doença costuma fazer mais vítimas. Dados do Centro de Vigilância Epidemiológica, órgão ligado a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, mostram que em 2012 foram registrados cerca de 295 mil casos ao longo do ano.
De acordo com o oftalmologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, Marcos Guerra, a conjuntivite é caracterizada pela inflamação da membrana conjuntiva que cobre o olho e a superfície interna das pálpebras. "Além de manter a higiene pessoal sempre em ordem, para prevenir contra a doença, é importante buscar tratamento e orientação médica imediatamente, caso haja suspeita de estar com conjuntivite", destaca.
Entre os principais sintomas da doença estão os olhos avermelhados, lacrimejamento, sensação de areia nos olhos, pálpebras inchadas e avermelhadas, secreção amarela, verde ou branca, pálpebras grudadas ao acordar, intolerância à luz e visão borrada. A principal diferença entre a conjuntivite viral e bacteriana é que no primeiro caso o paciente lacrimeja em abundância e sente dores fortes, já no segundo tipo há a secreção abundante nos olhos.
"O primeiro passo após o diagnóstico é evitar o compartilhamento de objetos de uso pessoal. Ao acordar, é importante que o paciente lave bem o rosto, com xampu neutro ou sabonete líquido, e por fora do olho. Em seguida, o uso de colírios pode aliviar o desconforto provocado pela doença. Por fim, compressas geladas com água esterilizada também podem auxiliar na recuperação", completa o oftalmologista.
Dicas de como evitar a conjuntivite
– Lave as mãos e o rosto com frequência, com água e sabão
– Evite coçar os olhos
– Lençóis, travesseiros e toalhas devem ser de uso individual
– Evite o uso de objetos (maquiagem, copo, toalha, travesseiro e etc.) de quem está com conjuntivite