Já em Guarulhos, onde a população paga R$ 3,30 desde o final de dezembro, já que o prefeito Sebastião Almeida (PT) autorizou um reajuste acima da inflação às vésperas do Natal, não há nenhuma menção à possibilidade de beneficiar os passageiros que utilizam o transporte público. Diferente disso, desde o último reajuste, já se cogitou que as empresas que detém o sistema municipal estão insatisfeitas com o valor e querem novo aumento.
Pressionado pelo Ministério Público que recebeu dezenas de denúncias sobre a falta de ônibus em Guarulhos depois que a Prefeitura acabou com o transporte por meio de vans, Almeida solicitou às empresas que colocassem mais veículos nas ruas. Às pressas, dezenas de coletivos velhos e até descaracterizados com as cores do sistema local, inclusive com placas de outras cidades, passaram a rodar em Guarulhos em caráter precário. O sistema de transportes municipal é o principal alvo de reclamações da população, segundo enquete permanente realizada pelo portal de notícias G1. 31% da população aponta o transporte como o problema mais grave da cidade, seguido de Saúde com 20%.
Em São Paulo, um acordo entre o Governo do Estado e a Prefeitura postergou o reajuste, que deveria ocorrer em janeiro, para o último domingo. Mesmo assim, o reajuste na Capital para os ônibus urbanos, assim como Metrô e trens metropolitanos ficou abaixo da inflação, subindo para R$ 3,20, graças à MP que agora fez com que as cidades do ABC reduzissem os valores cobrados.
O preço da passagem de ônibus em cinco cidades ABC vai cair de R$ 3,30 para R$ 3,20, a partir de 15 de junho. A diminuição da tarifa ocorrerá em São Bernardo, Santo André, São Caetano, Mauá e Ribeirão Pires.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (5) pelo prefeito de São Bernardo do Campo e presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, Luiz Marinho, durante reunião da entidade. De acordo com Marinho, a redução será possível por causa da medida provisória do governo federal que elimina as alíquotas de PIS/Cofins para as empresas de transporte coletivo.
Não haverá reajuste em Diadema, onde o preço da tarifa já é de R$ 3,20, e em Rio Grande da Serra, onde a tarifa é de R$ 3.