O ato teve início por volta das 16h, na praça da Matriz, no Centro. Um primeiro grupo saiu imediatamente em direção à rodovia Presidente Dutra, interditando as pistas nos dois sentidos já por volta das 16h30. Novos grupos que chegavam a região central passaram a se dirigir a rodovia e a engrossar o movimento. Outros permaneciam nas avenidas e ruas do Centro até por volta das 21h. Há registros ainda de atos na região dos Pimentas. Alguns atos isolados de vandalismo e depredação de pontos de ônibus foram registrados em pontos fora da manifestação.
Em todos, além das reivindicações nacionais contra o governo de Dilma Rousseff (PT), como corrupção, o alto custo da Copa, prisão dos mensaleiros, PEC 37, os protestos contra o prefeito Sebastião Almeida (PT) chamaram a atenção, inclusive da grande mídia. Emissoras de rádio e TV, que acompanharam a transmissão ao vivo, como CBN, Record e Bandeirantes, citaram várias vezes o inconformismo dos guarulhenses com o prefeito, que aumentou em janeiro o IPTU em até 2.000%, com o péssimo transporte público, falta de água. Até as mortes de 14 crianças no Hospital Municipal da Criança, ocorridas em 2011, foram lembradas.
Mesmo o anúncio sobre a baixa nas tarifa dos ônibus, na próxima segunda-feira para R$ 3,00, após a pressão popular, não acalmou a multidão que carregava faixas e cartazes contra o prefeito.
Os manifestantes seguiram pela via Dutra, que ficou interditada por cerca de cinco horas, até a Helio Smidt, bloqueando o único acesso ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, o mais importante do Brasil. Passageiros desciam dos carros e seguiam a pé para não perder seus vôos. Mesmo assim, há informações que 111 voos tiveram atrasos e 23 foram cancelados.
Somente já por volta das 22h, após o pronunciamento da presidente Dilma em rádio e TV, o grupo – que naquele momento, segundo a PM, somava cerca de 8 mil pessoas, tentou invadir os terminais 1 e 2 do Aeroporto. Foi quando a Tropa de Choque que permaneceu naquele local, fazendo um cordão por mais de três horas, teve de agir e lançar bombas de gás lacrimogênio dispersando o grupo.
