A alegação da administração municipal é que se tornou necessário encontrar uma forma para cobrir os R$ 0,30 cobrados a menos desde esta segunda-feira. Com as isenções federais, o valor cairia para R$ 3,07, mas Almeida havia baixado apenas para R$ 3,20 favorecendo mais uma vez as empresas de ônibus. Somente após as pressões populares, é que o chefe do Executivo, às pressas, anunciou o valor de R$ 3,00 para se igualar a São Paulo.
No entanto, agora Almeida corre atrás do que alega ser prejuízo para as empresas. Para manter as tarifas a R$ 3,00 sem tirar investimentos de outros setores, o prefeito alega ser necessário zerar as taxas de gerenciamento das empresas, imposto estimado em 1,5%, além de baixar o ISS de 4% para 2%. O curioso nesta história que o Decreto reduzindo as tarifas, publicado na sexta-feira no Diário Oficial, conforme informou o jornal Folha Metropolitana no sábado, não esperou um parecer da Câmara Municipal, como é o praxe.
Na edição desta terça-feira do mesmo jornal, o secretário de Transportes e Trânsito, Atilio Pereira, faz uma declaração que confirma que a Câmara atende todas as vontades do prefeito. "Já estamos imaginando que a Câmara deverá aprovar", falou à Folha Metropolitana. Segundo a mesma reportagem, com a medida as empresas de ônibus deixarão de contribuir com aproximadamente R$ 20 milhões em impostos. O valor representa 10% do que a Prefeitura gasta com funcionários comissionados, conforme revelou o GuarulhosWeb em maio.