Dois terços (66%) dessas construções à margem da cidade legal ficam na capital, seguida de Guarulhos (10,7% dos domicílios), Santo André e São Bernardo do Campo (8% das residências) e Osasco (3,9%). Seu padrão de ocupação é basicamente periférico, embora haja, na região central paulistana, "pequenas áreas dispersas" de ocupação precária/informal, demonstra o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na pesquisa Aglomerados Subnormais – Informações Territoriais, com base em números do Censo 2010, divulgada nesta quarta-feira, 6.
Em Guarulhos, os aglomerados subnormais se distribuíam pelos dois distritos do município. No Distrito de Guarulhos, ficam áreas maiores: Vila Operária, Novo Recreio, Parque Primavera I, Núcleo Santos Dumont e Jardim Santa Rita II. As áreas de aglomerados eram menores no Distrito Jardim Presidente Dutra, embora se destacassem alguns de maior porte, como Anita Garibaldi e Cidade Satélite I e II e o conjunto formado por Jardim Bonsucesso, Jardim das Pimentas e Parque Jandaia.
"Os dados coletados em Guarulhos indicaram baixos porcentuais de regularidade de arruamentos e de lotes, além de altos porcentuais de domicílios com um pavimento, sem espaçamento entre si. Com relação à topografia, o Distrito de Jardim Presidente Dutra apresentou maiores porcentuais de áreas planas em relação ao outro distrito. Com relação à acessibilidade, observou-se que os aglomerados subnormais de Guarulhos em linhas gerais possuíam baixo predomínio de ruas, estando no Distrito de Jardim Presidente Dutra os menores porcentuais de predomínio desse tipo de via de circulação interna", prossegue o texto.
O IBGE também constatou em seu estudo que a Região Metropolitana da São Paulo concentrava a maior quantidade de domicílios de aglomerados subnormais localizados predominantemente em aterros sanitários, lixões e outras áreas contaminadas (1.984); de habitações perto de gasodutos, oleodutos (2.282); e de linhas de transmissão (10.816).
"A ocupação permanente também é proibida em áreas de preservação ambiental, devido a seus impactos negativos sobre o meio ambiente. Esse é o caso das ocupações em Unidades de Conservação. A Região Metropolitana de São Paulo se destaca como o local que possuía o maior quantitativo de domicílios em áreas predominantemente nesse tipo de sítio", afirma o texto.