Passado o choque de preços, as carnes ficaram mais baratas em janeiro, desacelerando a alta nos gastos das famílias com Alimentação e bebidas no mês. Depois de subirem 18,06% em dezembro, os preços das carnes recuaram 4,03% em janeiro, item de maior contribuição negativa para a inflação do mês: -0,11 ponto porcentual.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de uma alta de 1,15% em dezembro para 0,21% em janeiro. No mesmo período, o grupo Alimentação e bebidas saiu de uma taxa de 3,38% para 0,39%, uma contribuição de 0,07 ponto porcentual. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"(A carne) Estava com preço elevado em dezembro, então a gente está comparando com uma base elevada. Os preços não voltaram ao patamar anterior, mas tiveram leve recuo. Se considerar janeiro do ano passado, o patamar (de preço das carnes) está bem mais alto ainda. Não devolveu tudo que tinha subido", ressaltou Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE.
O custo da alimentação no domicílio cresceu 0,20% em janeiro, após um avanço de 4,69% em dezembro. As famílias pagaram mais pelo tomate (13,72%, depois de uma alta de 21,69% no mês anterior) e pela batata-inglesa (11,02%).
A alimentação fora do domicílio subiu 0,82% em janeiro, ante uma elevação de 1,04% em dezembro. A refeição ficou 1,05% mais cara em janeiro, enquanto o lanche aumentou 0,42%. "A variação da alimentação fora de casa é um pouco mais estável. Os preços não variam tanto quanto na alimentação no domicílio", explicou Kislanov.