Cidades

MP abre investigação contra Secretaria de Almeida por difamação a Aécio

MP acolheu o pedido de investigação apresentado pelo PSDB para que seja apurada uma suposta “campanha de difamação” na internet contra Aécio Neves. A Prefeitura de Guarulhos aparece como investigada

Ao reconhecer a imputação de fatos criminosos contra aqueles que foram difamados, o Ministério Público do Estado de São Paulo acolheu o pedido do PSDB para investigar as pessoas envolvidas e a Prefeitura de Guarulhos pela utilização da estrutura física da Secretaria Municipal de Comunicação da cidade em ataques ao senador e pré-candidato a presidente, Aécio Neves, em redes sociais.

Em 27 de maio, a servidora comissionada Nataly Galdino Diniz foi exonerada por supostamente ter participado das ações. Ela é esposa de um dos principais líderes das redes sociais usadas na campanha à reeleição do atual prefeito Sebastião Almeida (PT), Tiago de Albuquerque, que – por sua vez – é filho do líder do governo na Câmara Municipal, o vereador Samuel Vasconcelos (PT).

A exoneração da servidora ocorreu logo depois que o caso ganhou a mídia nacional. Almeida determinou a demissão antes mesmo de abrir uma sindicância interna para apurar as responsabilidades dentro da Secretaria de Comunicação, que tinha como titular na época dos fatos Justino Pereira, que saiu da administração em abril deste ano. Tiago de Albuquerque, considerado um expert em redes sociais, até 21 de maio estava ligado à Prefeitura por meio de um cargo na Agende (Agência de Desenvolvimento de Guarulhos), que recebeu mais de R$ 13 milhões de verbas municipais no ano passado. Coincidentemente, ele também deixou o cargo somente quando a Folha de S.Paulo começou a apurar o caso e procurou a Prefeitura.

No despacho do processo, o procurador Geral de Justiça, Márcio Elias Rosa, determina que o caso seja apurado. “Encaminhe-se à Promotoria de Justiça Criminal de Guarulhos para investigação”, diz parte do despacho. O deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP), coordenador jurídico da campanha de Aécio, informou a Agência Estado, que o MP reconheceu que há fatos criminosos no caso. “Se não tivesse procedência, o caminho seria o arquivamento. Ao instaurar o procedimento investigatório, o MP chamou para si as investigações tais a pertinência da representação que formulamos”, afirmou. 

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