A reforma política passa a ser ponto de discussão de movimentos sociais, principalmente, após os atos de protestos realizados antes e durante a disputa da Copa do Mundo. No entanto, Lucas Pelissari, 26 anos, secretário geral do movimento que pede a realização do Prebiscito sobre o tema, confirmou a possibilidade de participação dos partidos políticos nesta ação. A CUT (Central Única dos Trabalhadores), em parceria com o PT (Partido dos Trabalhadores), cedeuo Teatro Adamastor para o encontro sobre o assunto nesta semana..
"A nossa ação pode gerar a impressão de que estamos ligados aos partidos políticos, mas o que nós percebemos é o protagonismo dos movimentos sociais além dos setores que orbitam em torno do PT são muito grandes", declarou Pelissari.
Apesar de negar qualquer participação partidária nas ações do movimento, o secretário geral reconheceu a importância da participação dos mesmos dentro dos movimentos existentes.
"É claro que a CUT e o PT têm uma parte importantíssima dentro da campanha, principalmente, pela relação com outros movimentos como MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e as centrais sindicais", disse.
Para o organizador do movimento, que teve como sede o Teatro Adamastor, equipamento cultural com administração do Governo Municipal, existe divergência partidária em relação aos movimentos, porém, acredita ser mecanismo essencial para a democratização de suas reivindicações.
"Essa articulação política tem proporcionado muita força social na luta pela reforma política. Isso gera uma pauta divergente em setores da esquerda, populares e democráticos, mas conseguimos centralizar uma pauta em torno da reforma política. Não temos como afastá-los da campanha, até por que ela tem a sua autonomia acima dos partidos, que podem contribuir", encerrou.
