Alvo de contestações judiciais dos moradores do Parque Continental, a Imobiliária Continental encomendou ao Instituto de Pesquisas Datafolha pesquisa para avaliar o grau de satisfação e a opinião dos habitantes sobre o bairro. O resultado da pesquisa foi baseado nas declarações de pouco mais de 300 entrevistados das cinco áreas, que formam a região do Continental.
Segundo a pesquisa, 63% dos moradores ouvidos consideram o Parque Continental como o melhor para se viver em Guarulhos. A satisfação, segundo a pesquisa, está ligada a não ocorrência de enchentes, às instalações da rede de esgoto, iluminação das vias e opções de transportes coletivos.
No entanto, o estudo mostra a insatisfação dos moradores com a conservação de áreas verdes e asfaltamento das ruas. Em relação aos aspectos que geram reclamações, a Imobiliária Continental afirma que o trabalho de manutenção e adequação destes itens é de responsabilidade da Prefeitura.
Evandro Garcia, advogado da Imobiliária, que divulgou a pesquisa à imprensa, afirmou que a Continental não usará esses números em sua defesa nos processos que responde na Justiça, movidos por moradores que alegam ter sido enganados pela empresa ao longo dos anos. “Temos argumentos suficientes para realizar a defesa nos processos que são movidos por uma minoria em relação aos moradores que vivem na região que foi comercializada pela imobiliária que representamos”.
O estudo realizado revelou que 72% dos habitantes possuem renda de até 5 salários mínimos, sendo 50% têm escolaridade média. Também foi detectado que 65% têm casa própria e outros 32% residem como inquilinos. Do total de moradores, a pesquisa concluiu que 73% moram há mais de 10 anos.
A coleta de dados também abrange as questões políticas. Ficou constatado que a maioria dos eleitores daquela região admitem a preferência por candidatos do Partido dos Trabalhadores e do Partido da Social Democracia Brasileira.
Outro fator curioso demonstrado na pesquisa ficou por conta do baixo número de prestadores de serviço no bairro. Falta de supermercados, rede bancária, farmácias e até padarias, foram motivos de contestações.