Cidades

Guarulhos pode ser afetado pelo baixo nível do Alto Tietê

A estiagem de chuvas que atinge todo o Estado de São Paulo provocou um dos piores resultados em relação ao nível de atendimento das represas Alto Tietê e Cantareira, responsáveis por 87% do abastecimento de água da cidade. Diante deste cenário, cerca de 25% da população guarulhense podem ser ainda mais afetadas com a seca dos reservatórios.
 
Enquanto o sistema Cantareira, que abastece 65% da população guarulhense, apresenta nível de 13,6% de capacidade para abastecimento, incluindo o chamado "volume morto", o Alto Tietê registra apenas 7,2%. Esta represa é responsável pelo atendimento de aproximadamente 330 mil pessoas da região leste da cidade, que engloba os bairros dos Pimentas e Bonsucesso.
 
Esta é uma das maiores secas da história destes imensos reservatórios. Ou seja, desde 1930 estes não sofriam com a seca e a possível falta de água. Condição esta que chamou à atenção do Ministério Público Estadual (MPE), que ingressou com ação judicial contra a Sabesp, na última terça-feira, 29.
 
A principal justificativa alegada pelos promotores estaduais é a de que a Sabesp retirou da represa Alto Tietê água além do limite autorizado para atender outras regiões da Grande São Paulo. Eles também ressaltam a ingerência do DAAE (Departamento de Água e Energia de São Paulo) por não fiscalizar os atos realizados pela companhia de abastecimento.
 
De acordo com o promotor Ricardo Manuel Castro, o compromisso que a Sabesp mantinha era o de manter o nível da capacidade de abastecimento da reserva Alto Tietê em 10%. Em maio deste ano, a Companhia recorreu a chamada reserva técnica (volume morto) para garantir o atendimento à Grande São Paulo, já que o nível era de apenas 8,2%.

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