Para enfrentar a crise hídrica, que afeta toda a Região Metropolitana de São Paulo, e não só Guarulhos, o Saae oferece, desde que se anunciou a crise, em março de 2014, descontos para quem diminui o consumo. A média de consumo de janeiro a março de 2014 era de 163,25 litros por habitante por dia. De abril a setembro deste ano houve uma queda de 14,2% nessa média, que despencou para 142,95 litros/habitante/dia.
Além do incentivo econômico, o Saae de Guarulhos tem ações em defesa do uso racional da água. Desde o início de fevereiro, a autarquia municipal faz ampla campanha, que inclui comunicação via carro de som, cartazes, telemarketing e informes publicitários em emissoras de rádio e jornais impressos; paralelamente, mantém campanha permanente por meio de folhetos que estão à disposição nas unidades do Fácil – Central de Atendimento ao Cidadão. Além disso, trabalha constantemente o tema junto à população por meio do Departamento de Relações Comunitárias e da Assessoria de Educação Ambiental, que desde 2001 desenvolve o Programa de Educação Ambiental “Guarulhos: Saneamento Ambiental e Qualidade de Vida”.
As ações desenvolvidas pelo Saae de Guarulhos em defesa do uso consciente da água ganharam um reforço em agosto com a brincadeira educativa Água, o desafio, que foi distribuída às Escolas da Prefeitura de Guarulhos, como mais um instrumento para conscientizar os estudantes. Considerando Educação Infantil, Ensino Fundamental 1 e Educação de Jovens e Adultos (EJA), cerca de cem mil alunos da Rede Municipal de Ensino receberam o material lúdico-pedagógico.
Alternativas para ampliar a oferta de água também estão sendo estudadas pelo Saae de Guarulhos, que já oferece água de reúso. O Decreto Municipal nº 31.973, que dispõe sobre “Fixação das tarifas cobradas pela prestação dos serviços de fornecimento de água de reúso do Saae de Guarulhos”, foi publicado no Diário Oficial do Município em 1º de julho, e está disponível em: http://www.guarulhos.sp.gov.br/uploads/pdf/362979899.pdf. Esta iniciativa se viabilizou a partir da entrada em operação das unidades de tratamento de esgoto implantadas nos últimos anos, cujos sistemas (São João, Bonsucesso e Várzea do Palácio) representam 50% do esgoto produzido na cidade.
Caixa-d’água adequada ajuda a enfrentar a crise hídrica
Para enfrentar estes tempos de racionamento com menos desconforto, é importante que o imóvel tenha caixa-d’água adequada para o consumo familiar; a caixa-d’água ajuda a evitar que falte água quando o abastecimento tiver de ser interrompido. Para que a caixa-d’água funcione bem, é importante que tenha capacidade adequada ao número de pessoas: de 1 a 3 moradores, caixa de 500 litros; de 4 a 5 moradores, caixa de 1.000 litros; de 6 a 8 moradores: caixa de 1.500 litros; de 9 a 10 moradores, caixa de 2.000 litros. Além disso, os pontos de abastecimento do imóvel – como descargas, chuveiros e torneiras – devem estar ligados diretamente à caixa-d’água, e não à rede pública.
Ao mesmo tempo, para que o abastecimento não seja prejudicado ainda mais, é fundamental que todos colaborem como sempre têm colaborado, ajudando com o uso cada vez mais