Cidades

Combate à Violência é tema de abertura dos 16 Dias de Ativismo

Aconteceu nesta terça-feira (25), no Paço Municipal, a abertura oficial da Campanha 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra a Mulher. O evento contou com a participação de representantes da Rede de Não Violência à Mulher e da Administração Pública, além de funcionários das Casas da Mulher, da Coordenadoria de Políticas para as Mulheres (CPM), de setores ligados à questão de gênero e da sociedade civil. A data não foi escolhida à toa: no dia 25 de novembro celebra-se o Dia Internacional de Não Violência Contra a Mulher, marcado pelo ato cruel do ditador da República Dominicana, Rafael Leonildas. Em 25 de novembro de 1960, Leonildas ordenou que fossem executadas três irmãs por atrapalharem seu planejamento autoritário no País. As vítimas, conhecidas como “las mariposas”, eram líderes de um grupo que percebeu o estrago econômico e social provocado pelo ditador e lutaram até a morte pelos direitos humanos, que se perdiam com o abuso de poder. 
 
A coordenadora de Políticas para as Mulheres, Maria Helena Gonçalves, além de ressaltar as datas importantes, divulgou as atividades que serão realizadas durante esse período. “Convido todos vocês a participarem das nossas atividades, que têm por objetivo principal incentivar o combate a todos os tipos de violência, principalmente a violência doméstica, além de oferecer apoio a quem precisa”, afirma Maria Helena.
 
Na ocasião, também foi resgatada a origem da campanha dos 16 Dias de Ativismo, que surgiu em 1991 através de mulheres de vários países reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (Center for Women’s Global Leadership – CWGL). Essas mulheres iniciaram a campanha com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo. No Brasil, a campanha é realizada desde 2003 através de mobilizações e esclarecimentos sobre o tema. 
 
Outras questões abordadas foram os tipos de violência que a mulher sofre, como a violência física, sexual, psicológica, moral, patrimonial e o isolamento social. A coordenadora da Casa das Rosas, Margaridas e Beths, Elaine Alves, disse que em muitos casos as mulheres se submetem à violência por acharem que é normal. “Muitas mulheres aceitam a violência porque já que cresceram convivendo com isso, ou se submetem por causa da situação econômica e social. Muitas ainda se culpam pela agressão e têm esperança que o parceiro mude”, ressalta a coordenadora. Para sair da situação de violência é preciso reconhecer que é vítima, identificar o tipo de violência que sofre, romper isolamento, conhecer equipamentos sociais e buscar auxílio, e o mais importante: denunciar.
 
A Central de Atendimento à Mulher através do Ligue 180, já atendeu mais de 4 milhões de mulheres. Esse serviço é oferecido pela Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM com o objetivo de receber denúncias, relatos de violência e orientar as mulheres sobre seus direitos e sobre a legislação vigente, encaminhando-as para os serviços de apoio, de acordo com cada caso.
 
Ao final do evento, houve a cerimônia de posse das mulheres que foram eleitas para a comissão de representantes das Casas. Destacou-se que essa comissão deve ter um olhar mais atento sobre as vítimas de violência que procuram auxílio, para realizar atendimento adequado a cada caso, além de auxiliar a Coordenadoria a formular políticas públicas para as mulheres.
 

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