As 5 mil escolas da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo estão com as portas abertas para receber novos alunos, entre eles os nascidos fora do Brasil. O cadastro pode ser feito em qualquer escola da rede. No caso dos imigrantes residentes no Estado, é possível apresentar o Registro Nacional de Estrangeiro (RNE) para a matrícula.
Levantamento que acaba de ser concluído pela Pasta revela que o número de estudantes de outras nacionalidades está em ascensão. O ano de 2014 fechou com 8.579 estudantes nascidos em 95 nações diferentes, o que representa 11,8% de aumento em relação a 2013, quando eram 7.662 estrangeiros.
Todas as unidades de ensino trabalham com políticas inclusivas e priorizam o acolhimento, inclusive, das famílias. Para os imigrantes que são inseridos na rede, a Secretaria oferece, por exemplo, a possibilidade da aplicação de uma avaliação de competências, que indica o ano/série que o aluno pode ser matriculado. É preciso apresentar no ato da matrícula o histórico escolar ou similar do país de origem para que seja feita uma análise e a inserção do estudante no nível adequado de ensino. O processo não é obrigatório, mas facilita a recolocação do estudante na rede.
“A experiência mostra que alunos matriculados nas nossas escolas estaduais aprendem o português e já estão fluentes na nossa língua. As escolas realizam atividades que promovem o intercâmbio de cultura, o que aproxima inclusive as comunidades das unidades de ensino", afirma o secretário da Educação, professor Herman Voorwald.
Sobre os imigrantes, foi identificado que 75% têm como língua-mãe o espanhol e 53% estudam na capital paulista. Os dados foram tabulados pelo Núcleo de Inclusão Educacional da Secretaria, criado para o acompanhamento desses estudantes. O Núcleo também organiza as diretrizes pedagógicas para a educação indígena, quilombola, educação prisional e nas unidades da Fundação Casa. O objetivo é subsidiar os professores, diretores e supervisores na recepção e adaptação dos alunos.