Cidades

Expansão no atendimento particular pode ser a salvação do Stella Maris, diz diretor clínico

O diretor clínico do Hospital Stella Maris, Ernesto Carvalho, em entrevista ao GuarulhosWeb, declarou que uma das possíveis soluções para evitar que a entidade filantrópica encerre suas atividades está voltada para a expansão no atendimento particular e de convênios médicos para amenizar os efeitos causados pela defasagem existente na tabela do SUS (Sistema Único de Saúde).
 
Diante da grave crise financeira que atravessa a instituição de saúde, que até meados do último mês sua dívida estava estimada em aproximadamente R$ 60 milhões, Carvalho entende que o risco do Stella Maris fechar suas portas é muito grande. Para atenuar os efeitos, a direção do hospital solicitou empréstimo de R$ 2,5 milhões junto à Caixa Econômica Federal, mas até o momento não foi confirmada a liberação da quantia pelo banco federal.
 
"Eu estou esperando a diretoria administrativa (capitaneada por Ronaldo Oliveira) fazer uma reunião com todos os médicos. Eu sugeri esta reunião para que eles dessem uma solução ou caminho para aceitar sugestões dos médicos ou elaborar alguma coisa para alterar a situação em que se encontra", declarou o diretor clínico, Ernesto Carvalho.
 
Além da possível convocação administrativa da atual gestão, Ernesto acredita que uma das soluções possíveis para viabilizar a continuidade no atendimento à população estaria voltada para a expansão no aceite de convênios médicos e ou particulares. Entretanto, ele deixou claro que mesmo dessa forma seriam continuados as prestações de serviço com gratuidades.
 
"A ideia das irmãs sempre foi a de atender a população carente, mas como essa tabela do SUS é muito defasada, não dá para acompanhar. Então, você tem que fazer um meio a meio ou na seguinte proporção: 70% de atendimentos para convênios e outros 30% pelo SUS. E dessa forma você faz a caridade do mesmo jeito, até por que de outro jeito você não sobrevive", finalizou.