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Legumes e verduras subiram 7,2% este ano na Ceagesp

Os preços no comércio atacadista de alimentos da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp), um dos maiores centros de distribuição de frutas, legumes, verduras e pescado da América Latina, subiram em média 7,2%, no primeiro bimestre do ano. A variação refere-se ao Índice de Preços da Ceagesp que inclui 150 itens.
 
Desde fevereiro do ano passado, o índice acumula alta de 4,19%. Segundo o economista da Ceagesp, Flávio Godas, os aumentos estão mais relacionados a fatores climáticos (excesso de chuva e calor ) e se restringem a verduras e legumes. Ele informou que as frutas tiveram queda pelo segundo mês consecutivo com variação -1,64%. Em janeiro, houve queda de 1,33%.
 
O economista esclareceu que as manifestações dos caminhoneiros teve influência pequena na oferta dos produtos. Por meio de nota, a Ceagesp afirmou que desde a sexta-feira (27), “ a entrada de veículos e os volumes comercializados ocorrem dentro dos patamares habituais” e que ontem (2) não houve relatos de problemas no fornecimento e transporte de qualquer produto. Diante disso, Flávio Godas alertou que não há motivo para reajustes associados ao movimento contestatório dos caminhoneiros.
 
Em fevereiro, os legumes ficaram 30,1% mais caros com destaque para os produtos: vagem (71,8%), ervilha-torta (69,7%), tomate (51,4%), chuchu (41,8%), cenoura (41,7%) e abobrinha italiana (24%).
 
No comércio de verduras, foi constatada elevação de 22,29%. Entre os produtos com as maiores altas estão: coentro (124,8%), couve-flor (41,2%), alface (40,6%), acelga (40%), agrião (29,1%) e espinafre (27,1%). O único item em queda foi o repolho (-7,1%).
 
A Ceagesp observou que a crise hídrica, em janeiro, inibiu os investimentos na produção, mas que a melhoria nos níveis dos reservatórios traz a possibilidade de retomada das atividades. Mais da metade dos produtos comercializados na Ceagesp são provenientes dos municípios situados no Alto Tietê, no chamado Cinturão Verde – municípios que circundam a cidade de São Paulo e são produtores hortifrutigranjeiros.
 
Em relação às frutas, as principais quedas foram: uva niagara (-24,85), abacate (-20%), limão taiti (-15,7%), goiaba (-12,1%) e maçã nacional gala (-11,4%). No mesmo período ficaram mais caros: o morango (22,5%), a banana prata SP (19,1%), a manga tommy (17,8%) e o abacaxi (17,6%).
 
Também houve alta nos ovos – branco (33,4%) e o vermelho (32,3%) –, do alho (3,7%) e do coco seco (2,6%). Em cotação oposta, caíram os preços da batata lisa (-13,1%), e batata comum (-2,6%). No segmento dos pescados, os preços recuaram 5,46%. Entre os peixes que ficam mais baratos estão: o namorado (-18,2%), a pescada (-13,9%), o robalo (-13%) e o cação (-8,7%). Entre as maiores elevações estão: o espada (19,5%) e anchovas (7,9%) .

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