Obra essencial para a mobilidade urbana do guarulhense que vive nas regiões do Pimentas e Bonsucesso, o Trevo de Bonsucesso é um problema que atrapalha milhares de cidadãos que ficam presos em congestionamentos todos os dias em seu entorno. Depois de quase sete meses de paralisação, em função do rompimento da Prefeitura com as construtoras Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão, envolvidas na Operação Lava Jato, as benfeitorias serão reiniciadas nesta segunda-feira, 9, com um custo de R$ 38 milhões a menos que o contrato anterior, segundo informou o secretário municipal de Transportes e Trânsito, Atílio José Pereira.
O distrato com as empreiteiras ocorreu no início de dezembro, logo depois que os nomes delas apareceram envolvidas no escândalo da Petrobras, conforme o GuarulhosWeb divulgou com exclusividade. O compromisso era o de entregar o equipamento em pleno funcionamento em agosto do ano passado, porém, segundo a Prefeitura e Caixa Econômica Federal, que arca com a quantia de R$ 83 milhões, divergências no valor cobrado foram os reais motivos pelo rompimento entre as partes. A obra custaria R$ 130 milhões.
Atílio Pereira confirmou que, mesmo com o rompimento, foi realizado o pagamento de aproximadamente R$ 5 milhões às empresas envolvidas no escândalo da Petrobrás. No entanto, o secretário adiantou que engenheiros representantes da Enpavi Construtora, empresa que venceu o processo licitatório, estarão no local para realizar possíveis avaliações sobre o estágio em que se encontram as obras. Um novo projeto foi elaborado para o Trevo de Bonsucesso por um custo de quase R$ 40 milhões a menos. O que ninguém explica são os motivos dessa “economia”.
A previsão é de as benfeitorias possam ser reiniciadas nesta segunda-feira, 09, e que sejam definitivamente entregues em setembro do próximo ano, coincidentemente às vésperas das eleições municipais. Ou seja, com atraso 25 meses depois do prazo inicial. Entretanto, o chefe da STT espera que não haja mais nenhum tipo de interferência durante o processo, que possa alterar o novo cronograma.
"A gente está planejando neste período (16 meses) e se tudo correr bem estaremos fazendo a sua entrega. Mas obra sempre tem a possibilidade de ter algum tipo de interferência e às vezes aparecem, e, você pode ter problemas. Eu espero não ter nenhuma. Não tendo este é o prazo", explicou Atílio Pereira.
Para justificar eventuais incidentes que possam novamente atrasar o cronograma estabelecido para a entrega daquele equipamento, Atílio usou como exemplo o desabamento que ocorreu nas obras do Rodoanel Norte, em dezembro passado, e que provocou o consequente retardamento de sua entrega.
"Tivemos agora (dezembro de 2014) o Rodoanel (Norte) que desbarrancou o túnel ali (Região do Cabuçu), e que inclusive está com suas obras paradas, até porque precisa de laudo (para sua continuidade). Então, acho que sempre que pensar em obra, esta sempre estará sujeita a qualquer tipo de problema", encerrou.