A direção do Stap (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública Municipal de Guarulhos) não recebeu com bons olhos a informação que o prefeito Sebastião Almeida (PT) possa reajustar os salários dos servidores públicos do município com índice abaixo da inflação atual, que atingiu a marca de 8,26% no acumulado dos últimos 12 meses. Contrária, a entidade entende não ser viável a possível proposta da Prefeitura à categoria, conforme vem sendo veiculado.
"Como todos os servidores municipais, o Sindicato foi surpreendido (na última) sexta, 30, com a possibilidade da Prefeitura Municipal conceder reajuste salarial abaixo da inflação. De pronto, enviamos ofício à Prefeitura, cobrando informação oficial, e postamos nas redes sociais nosso repúdio a qualquer decisão do gestor municipal que venha arrochar os vencimentos do Servidor", declarou em nota o presidente do Stap, Pedro Zanotti.
O presidente também ressaltou que o Stap não irá aceitar qualquer proposta de reajuste inferiora que foi ventilada na última semana. Ele afirmou que a entidade está preparada para negociar com a Prefeitura, além de orientar os associados para se organizarem contra a propositura que possivelmente possa ser apresentada.
"Esclarecemos que, de nossa parte, não há qualquer possibilidade de aceitar índice inferior à inflação. E mais: a pauta da categoria que está sendo negociada com a Prefeitura cobra aumento real e melhorias em diversos setores, a partir da data-base, que é 1º de maio. Este Sindicato responderá à altura eventuais propostas indecentes. E pedimos aos companheiros que, desde já, se mobilizem em seus locais de trabalho", explicou.
Durante o mês anterior, Almeida havia anunciado medidas de austeridade para controlar o fluxo de caixa e para tentar reduzir a dívida interna que fechou em 2014 na casa dos R$ 700 milhões, porém, Pedro acredita que para reduzir os custos da municipalidade não é necessário incluir os colaboradores do funcionalismo público.
"Alertamos que gestos como os apontados acima, bem como medidas de arrocho salarial acenderão o estopim da revolta, cujas consequências são sempre imprevisíveis. O gestor tem o dever de bem cuidar do dinheiro público. Mas, para isso, não precisa atacar a dignidade do funcionalismo. Não digam depois que não avisamos!", finalizou.