Cidades

Unidades municipais de saúde tentam absorver dispensas do Padre Bento

A restrição no atendimento no pronto socorro do Hospital Padre Bento, conforme publicado pelo GuarulhosWeb, já causa efeitos na rede municipal de saúde. Segundo a Secretaria de Saúde de Guarulhos, os problemas de aumento de demanda em Unidades Básicas de Saúde, Policlínicas e Unidade de Pronto Atendimento já são percebidos há algum tempo, devido a o aumento exponencial no número de atendimentos realizados, maior consumo de medicamento e demais demandas. 
 
A Secretaria aponta que, “embora haja uma sobrecarga no sistema de saúde municipal, que praticamente suporta sozinha toda a demanda de urgência e emergência da cidade e arredores, as UBSs, PAs, UPA e hospitais (HMU e Pimentas-Bonsucesso) não deixaram de acolher a população e prestar o melhor serviço dentro das possibilidades impostas pela situação atual do hospital estadual”.
 
As obras do Hospital Padre Bento para melhorias na estrutura do pronto socorro tiveram  início em maio de 2014 com previsão para término em doze meses. Ou seja, já estão atrasadas. Segundo nota enviada pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, nesta quarta-feira (6), o novo prazo para entrega é início de 2016.
 
Enquanto isso, pacientes que procuram atendimento no hospital estadual com enfermidades consideradas de baixa complexidade são obrigados a procurar outros locais indicados, que podem chegar a 19 quilômetros de distância da instituição. 
 
5km de distância
 
O GuarulhosWeb esteve na manhã desta quinta-feira (7) em um dos locais indicados aos pacientes que procuram o Padre Bento, localizado a cerca de 5km de distância, a Policlínica Paraventi. Por volta das 10h o movimento era tranquilo. Segundo um recepcionista, o tempo de espera para ser atendido era de aproximadamente duas horas. Porém, segundo ele, no horário do almoço o tempo costuma dobrar.
 
Flavio Silva, de 33 anos, lixador, contou que na segunda-feira (4) esperou por atendimento por volta de sete horas. “Estava com suspeita de dengue e entre triagem, atendimento, exames e medicamentos, aguardei umas sete horas. Hoje está tudo tranquilo, o problema é que como foi confirmado que estou com dengue eu preciso vir todos os dias e é complicado esperar todo este tempo sentindo fraqueza”, explicou.
 

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