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Dívida da Prefeitura com a Sabesp impede renovação do convênio com Bombeiros

Segundo o prefeito Sebastião Almeida (PT), a dívida que ultrapassa a casa dos R$ 2 bilhões da cidade com a Sabesp é o principal empecilho para renovação do convênio com o Corpo de Bombeiros, que teve as instalações do 5º Grupamento de Incêndio, localizado no bairro do Taboão, fechado na última quarta-feira, 13, por falta de repasse de verba da Prefeitura para a manutenção de suas atividades.
 
"O Estado para poder firmar o convênio e o município ajudar o Bombeiros, que é obrigação do Estado, eles exigem uma série de certidões e uma delas tem impacto direto com problemas de dívida com o SAAE e por esse motivo o Estado não assinou o convênio. Quem está colocando obstáculo pra receber o benefício é justamente o Estado, que está precisando de ajuda", explicou Almeida.
 
Inaugurada em 1996, a unidade do Corpo de Bombeiros estava preparada para atender cerca de 20 bairros, inclusive o Aeroporto. Em carta, os Bombeiros revelaram que o convênio deveria ter sido renovado em fevereiro pela Prefeitura e como não foi, a alternativa foi desativar as atividades em função da falta de repasse de verba, que não foi informada.
 
"A Prefeitura não foi pega de surpresa, a população sim. As tratativas que a gente tem com a Prefeitura e com o Estado são entre dois entes públicos. Cabe a Prefeitura fazer a locação ou a construção e a manutenção da edificação", disse o Tenente Coronel da PM, Waldir Pires, em entrevista a TV Record.
 
Já o chefe do Executivo acredita que a manutenção das atividades do Corpo de Bombeiros não seja de obrigação do município e sim da entidade, principalmente em relação aos custos de operacionalidade e das estruturas. Ele sugeriu que tanto o Corpo de Bombeiros e as Polícias Civil e Militar pudessem arcar com os valores para se manterem na cidade.
 
"O Corpo de Bombeiros tem um convênio com a municipalidade, que na verdade nem deveria ser. O mais correto é que cada um que tem suas estruturas nas cidades pudessem arcar com todo custo. O correto é que tanto a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros não dependessem de nada do município", justificou.
 
Mesmo contrário, o mandatário do Paço Municipal afirmou já ter condições de realizar o repasse financeiro à instituição, bem como o contrato do convênio devidamente assinado. No entanto, Almeida ressaltou o impasse que existe com o Governo do Estado para que o Corpo de Bombeiros volte a exercer suas atividades na região prejudicada.
 
"Se o Corpo de Bombeiros quiser assinar agora, nós temos condições de repassar o recurso. Agora sem o convênio assinado com a municipalidade, ele fica com muita dificuldade de funcionamento do seu dia a dia. Nós já fechamos um acordo com o Corpo de Bombeiros e com contrato assinado, inclusive da nossa parte com um montante que vamos repassar à eles". 
 
Na instalação destinada a instituição trabalhavam 21 profissionais, que serão realocados em outros quarteis da Polícia Militar na cidade. Entretanto, a reportagem do GuarulhosWeb apurou que as dificuldades se arrastavam por anos. E iam desde viaturas paradas por falta de manutenção até a qualidade da alimentação, que era fornecida pela Prefeitura, além das condições precárias do improvisado imóvel.
 
"A edificação é muito antiga e tivemos problemas com ratos e insetos. Então, o local é insalubre. Nós vamos continuar atendendo a população diariamente, tranquilamente e como costumamos à atender. Aliás, é a nossa atividade dar um bom atendimento à população", encerrou o tenente Coronel, Pires.
 

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