Uma pesquisa de mestrado realizada por um dirigente da Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos ajudou a aproximar dois lados da cadeia produtiva que, em tese, já deveriam convergir mais. Autor do estudo que identificou recursos e capacidades de empresas sob o apoio da Incubadora Tecnológica de Guarulhos, o superintendente da ACE, Maurici Dias Gomes, retornou na manhã desta quinta-feira, 28/05, ao local, em Cumbica, para dar aos empresários o feedback do trabalho realizado.
“O objetivo foi apresentar aos incubados os resultados e conclusões que o estudo gerou como forma de retribuir a participação das empresas incubadas e, ao mesmo tempo, poder contribuir de maneira prática e efetiva para os seus negócios, por meio de insights e ações que elevem o nível de competitividade delas, com base na aplicação de conceitos da Administração Estratégica utilizados na pesquisa. Foi possível identificar quais recursos e capacidades essas empresas já possuíam e quais elas obtiveram por meio da Incubadora que se tornaram estratégicos”, explicou Maurici. “Elas demonstraram obter vantagem competitiva perante seus concorrentes e o mercado, na medida em que conseguem desenvolver produtos e serviços inovadores, personalizados e com qualidade superior.”
Na prática, o simples contato do pesquisador com os empresários entrevistados abriu novas possibilidades. “Foi importante o contato com esse lado acadêmico. Percebi mais possibilidades técnicas além daquilo que estava enxergando antes”, comentou Paulo Lazarin, que produz uma churrasqueira ‘ecológica’, que não produz fumaça. “Esse é um papel importante a ser desempenhado pela ACE: dar ferramentas para que o empresário melhore seu negócio. Isso pode ser um diferencial neste momento de crise”, afirmou o presidente da ACE, Jorge Taiar, que esteve presente na apresentação assim como o professor Eduardo Gimenes, pró-reitor acadêmico da FIG-Unimesp.
Professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e orientador de Maurici na pesquisa, Reynaldo Cavalheiro Marcondes acredita que essa união entre academia e mercado só pode render bons frutos. “No Brasil há uma separação entre universidades e empresas, algo que não faz sentido e faz com que nossa eficiência, mesmo tendo um parque produtivo muito avançado e também universidades de padrão internacional, seja muito inferior à de outros países”, explicou. “É com essa convergência de esforços que nós vamos dar uma contribuição efetiva para o país.”
“Apesar de todos os esforços que fazemos aqui na Incubadora para fazer as empresas avançarem, não são poucas as dificuldades de quem empreende e ainda é pequeno. A aproximação com entidades e pessoas que fornecem conteúdo teórico pode ajudar e muito os empresários incubados”, apontou o coordenador da Incubadora de Guarulhos José Roberto Machado.