Por volta das 16h30 deste domingo (28). a polícia conseguiu libertar quatro pessoas que estavam mantidas em cárcere privado por um homem, de 34 anos, na Vila Galvão. Ele portava duas armas de fogo e teria estuprado duas mulheres. O caso foi registrado pelo 2º DP e só foi resolvido com a participação do GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais).
Por volta das 15h, a dona da casa identificada, como S, e uma amiga (H), retornaram do mercado como sempre faziam aos domingos. A amiga deixou as compras em casa e retornou para o local da ocorrência na rua Erechim, na Vila Galvão. No portão foi abordada por um homem identificado como Jorge Luiz Gome, que teria obrigou ela a subir as escadas até a residência que fica em cima de um estabelecimento comercial.
A dona da casa e seu filho, de 8 anos, foram surpreendidos. Jorge dizia às vítimas que estava à procura de R$ 100 mil que estariam escondidos na casa. Porém S insistia dizendo que não havia dinheiro em casa, mas que ele poderia levar o que quisesse.
A mãe e o filho foram amarrados em uma cama no quarto, com algumas roupas enquanto a amiga foi levada pelo acusado ao banheiro, onde teria sido estuprada. Ao sair do banheiro, Jorge continuava a pedir o dinheiro. As vítimas contaram à polícia que durante todo o tempo o acusado engatilhava a arma e apontava para a própria cabeça e para a das vítimas.
Na sequência, ele teria levado a dona da casa para outro cômodo e iniciou abusos sexuais. Retornou ao quarto e continuou o abuso, amarrando-a em seguida novamente na cama junto ao filho.
Neste momento, o marido da vítima chegou em casa. Achando estranho a movimentação e obtendo retorno da esposa através do celular, pulou o portão e se deparou com o criminoso. Foi rendido e obrigado a deitar no chão ao lado das outras vítimas.
O cunhado que estava no carro esperando por notícias também pulou o portão, porém não foi visto pelo acusado. Conseguiu retornar à rua e chamou a polícia.
Ao chegar na ocorrência, policiais pularam o muro e logo foram avistados por Jorge, que teria atirado duas vezes contra os PMs. Mas a arma teria falhado. Protegidos atrás de um muro, os policiais começaram uma negociação.
Cerca de uma hora após a chegada da polícia, já com o apoio do Gate, o acusado concordou em soltar a criança, recebendo um colete balístico. Alguns minutos depois o marido também foi solto. As vítimas contam que ele falava ao celular frases como “fita errada, a casa caiu” com um comparsa.
Policiais contaram que o acusado estava inquieto e tinha oscilações de comportamento. Em determinado momento houve cerca de cinco minutos de silêncio, seguidos pelo barulho de um tiro. Neste momento homens do Gate entraram na casa e efetuaram um disparo contra Jorge que foi atingido na testa.
Os reféns foram libertados e o acusado encaminhado ainda com vida para o Hospital Geral dos Pimentas, onde está em observação com escolta policial.
O caso terminou por volta das 20h. As duas armas do suspeito foram apreendidas, assim como o celular que ele portava. Jorge já teria passagem pela polícia e pode ser indiciado por roubo ao patrimônio, sequestro e cárcere privado, estupro e lesão corporal.