Em dia sem jogos nas quadras e muita especulação fora delas, a organização do Aberto da Austrália decidiu pelo adiamento do sorteio das chaves do Grand Slam de quinta para sexta-feira depois de todo o ocorrido com um funcionário do hotel onde os tenistas cumpriam quarentena em Melbourne testando positivo para o novo coronavírus, o que causou o cancelamento de toda a rodada desta quinta dos torneios preparatórios.
Presidente da Tennis Australia, Craig Tiley informou em entrevista coletiva que embora o sorteio tenha sido adiado, o primeiro Grand Slam da temporada de 2021 começará conforme o previsto, na próxima segunda-feira. O sorteio das chaves de simples e de duplas será realizado nesta sexta.
Ele também assegurou que as competições que estão sendo disputadas nesta semana chegarão ao fim, ainda que seja necessário rodadas duplas para alguns casos. Dependendo dos resultados, já que alguns tenistas terão que fazer duas partidas em um mesmo dia, a organização definirá qual lado da chave começará o Aberto da Austrália na segunda-feira. Essa definição acontecerá neste sábado.
A previsão de chuva para esta sexta-feira, quando os torneios serão retomados, também já está nos planos da organização. Além dos três estádios com teto retrátil, a Tennis Australia cogita usar as oito quadras cobertas do complexo de Melbourne Park para realizar as partidas sem que o cronograma seja muito atrapalhado pelo tempo ruim.
As palavras de Tiley sobre a realização do Aberto da Austrália foram endossadas por Daniel Andrews, premiê do Estado de Victoria, onde fica Melbourne. Ele disse que embora seja difícil garantir qualquer coisa quando o assunto é covid-19, o torneio não deverá ser cancelado. "Todos nós entendemos que não há garantias em nada disso. Mas, nesta fase, o torneio não deve ser afetado por isso", afirmou.
"Demonstrei claramente que (aqueles ligados ao Aberto da Austrália) não recebem um tratamento especial. A classificação das pessoas é feita quanto ao risco, não são julgamentos feitos por mim. São julgamentos feitos por especialistas em saúde pública", acrescentou Andrews, garantindo estar preparado para tomar decisões difíceis quando aconselhado pelos especialistas.
O vice-chefe de saúde, Allen Cheng, disse que as autoridades acreditam que o risco é baixo. "O último caso a deixar o hotel foi no dia 22, de modo que agora já está quase 14 dias desde aquela época. Então, se houvesse alguma exposição, eles estariam chegando a esse período, então pensamos que o risco é relativamente baixo", comentou.
O Departamento de Saúde de Victoria disse na noite de quarta-feira que o indivíduo trabalhou pela última vez no Grand Hyatt Hotel em 29 de janeiro e foi testado no final de seu turno, retornando um resultado negativo. Posteriormente, o trabalhador desenvolveu sintomas e foi testado novamente na última terça, dando positivo.