Com uma dívida estimada em mais de R$ 2,3 bilhões com a Sabesp, a Prefeitura de Guarulhos busca um acordo com a estatal, que fornece cerca de 80% da água consumida na cidade, em relação ao volume fornecido para abastecimento de 1,4 milhão de habitantes. De acordo com o prefeito Sebastião Almeida (PT), a quantidade recebida atualmente, sem revelar dados, é inferior àquela fornecida há dez anos.
“Eu estou muito preocupado, isso porque nesse segundo semestre com a tendência da queda do volume de chuva, é um risco muito grande de reduzir o volume de água para o município que hoje é praticamente a metade daquilo que a gente recebia dez anos atrás”, explicou Almeida sobre a possibilidade de maior redução no abastecimento de água na cidade.
Almeida também ressaltou que está buscando um entendimento com a Sabesp para que juntos encontrem alternativas e meios para sanar a dívida de R$ 2,3 bilhões que o Saae tem com a estatal, além de garantir o fornecimento do volume para o município, que recebe atualmente, menos de quatro mil litros por segundo.
“É um assunto que continua a ser tratado, até porque ainda continuamos as nossas conversas com a Sabesp tentando buscar um entendimento sobre essa questão da dívida e do volume de água a ser oferecido para a cidade”, disse.
Já o governador do Estado, Geraldo Alckmin, atribuiu a responsabilidade do abastecimento local ao Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de Guarulhos. No entanto, o tucano garantiu que o abastecimento de água realizado pela Sabesp, mesmo que tenha registrado junto ao Cadin (Cadastro Nacional de Inadimplentes) a inadimplência da cidade, por meio da Sabesp em meados de julho, o fornecimento.
“Guarulhos não é Sabesp. É serviço próprio da cidade. A Sabesp fornece parte da água do município. Isso já existe há bastante tempo e continuará a fazer. E em relação a dívida há um entendimento entre a Prefeitura e a Sabesp para tentar resolver”, concluiu.
