O não repasse do reajuste salarial aos funcionários da Fundação ABC, que atuam em unidades de saúde de Guarulhos, conforme convenção coletiva da categoria, pode prejudicar o atendimento aos munícipes que procuram as Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Isso porque eles pretendem entrar em greve caso o adicional não seja recebido até o próximo mês.
“A gente ainda não conversou sobre isso, porém, sempre que perguntamos algo relacionado ao reajuste ninguém nos fornece qualquer tipo de informação sobre o assunto e ninguém sabe de nada. Mas se não pagar no mês que vêm nós vamos parar. Está atrasado desde maio”, disse uma auxiliar de enfermagem, que preferiu manter sigilo sobre sua identidade.
Em contrapartida, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, afirmou desconhecer qualquer tipo de iniciativa dos funcionários da prestadora de serviços relacionada a paralisação das atividades, em especial dos auxiliares de enfermagem da contratada. Ela também ressalta que qualquer tipo de reajuste salarial deve ser efetuado pela Fundação ABC, de acordo com as datas previstas para cada categoria de profissionais.
Já o Sindhosp (Sindicato dos Hospitais do Estado de São Paulo) esclarece que a Fundação ABC, por se tratar de uma organização social filantrópica, não é obrigada a seguir a convenção estabelecida pelo sindicato patronal das empresas privadas de saúde. A entidade atribuiu a responsabilidade por qualquer outra informação existente sobre o reajuste a Prefeitura e a própria instituição que realiza os trabalhos.
Entretanto, a Fundação ABC, responsável pela administração das UPAs desde abril deste ano, esclarece que a convenção coletiva foi publicada e disponibilizada em seu site no dia 13 do último mês. A entidade revela que o acréscimo será de 8,34% será aplicado na folha de pagamento de setembro, cujo recebimento ocorre no 5º dia útil do mês seguinte, além de contemplar todos os retroativos devidos, sem prejuízos aos funcionários.
