Em função da guerra civil que atravessa desde 2011 a Síria, muitos sírios procuram refúgio em países árabes, europeus e até da América do Sul, em especial o Brasil. Diante deste cenário e detentor de uma das principais portas de entrada do País, o Aeroporto Internacional de São Paulo, a cidade de Guarulhos acolhe cerca de 150 pessoas daquela nacionalidade. Ou seja, 7% dos que já se encontram em território brasileiro.
De acordo com dados oficiais divulgado pelo Conare (Comitê Nacional para Refugiados), o Brasil acolhe 2077 sírios. População esta que encontra dificuldade para remoçar suas vidas em outros países. Ao desembarcar no Brasil, eles recebem o auxílio da Cáritas Brasileira, entidade ligada à Igreja Católica, que os auxiliam na regularização de sua documentação para permanência legal no país.
E é em Guarulhos que a maior comunidade de refugiados em solo brasileiro apostam em um recomeço diferente das perspectivas oferecidas em seu país de origem. Em entrevista à emissora de televisão TVT, a síria Mara Kamis, que está na cidade há um ano e meio, relata que a situação na Síria é muito complicada e delicada, além de não refletir fielmente com as informações divulgadas.
“A situação lá é muito ruim. Não tem água, não tem luz. Tem muitos problemas. Não se sabe quando tem bomba, não se sabe quando vai morrer", conta Mara, que presta ajuda aos refugiados recém-chegados, encaminhando doações e na busca por emprego.
Segundo a Caritas Brasileira, um dos principais motivos pelo qual os sírios procuram a cidade de Guarulhos é a questão da localização e os valores acessíveis para aquisição de imóveis. “Aqui é muito bom para as crianças. Na Síria, não tem ajuda para as crianças", disse Hanan Osman, que classificou o custo de vida brasileiro muito alto, mas entende que é uma terra de oportunidades para imigrantes.
