Cidades

Escolas municipais oferecem atendimento a crianças especiais

Quebrar barreiras e transpor obstáculos. Este é o propósito do programa de Atendimento Educacional Especializado (AEE), realizado pela Secretaria Municipal de Educação nas unidades escolares de Guarulhos para inclusão de crianças deficientes no plano regular de ensino. São aproximadamente duas mil crianças distribuídas em 139 unidades. 
 
Para que possa atender às necessidades dos alunos especiais, a Secretaria de Educação contratou 400 agentes de inclusão do Instituto Civitas e outros 200 estagiários do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola). A cidade dispõe de 44 salas de aula de apoio especializado para que esses profissionais possam trabalhar a construção da autonomia das crianças.
 
“Essa ideia da educação inclusiva, quando a gente trata especificamente de criança com deficiência, ela é um tema que vem sendo tratado em nível nacional, isso porque até bem pouco tempo as crianças com deficiência eram encaminhadas para as chamadas escolas especiais ou para sala especial, onde ela se isolava com outras que portavam a mesma deficiência”, relatou secretário de Educação, Moacir Souza.
 
Ele também ressalta que, para reunir as reais condições de prestar o devido atendimento para o ingresso dessas crianças no ensino regular, teve de criar uma estrutura para acolher esses alunos. Diante desta transformação, Souza aponta que, por falta de infraestrutura, eles preferiam não se relacionar em qualquer que fosse o ambiente, principalmente o estudantil. 
 
“Se cego, uma escola para cego, se surdo, uma escola para surdo, se cadeirante, tinha dificuldade para entrar na escola pública ou na rede regular porque as escolas não estavam preparadas com rampas e não ofereciam qualquer tipo de acessibilidade. Antes você ia na escola pública e não via crianças com deficiência porque elas estavam escondidas e grande parte dessas crianças ficam em casa”, explicou.
 
No entanto, o dirigente acredita que este processo de mobilização pela integração das crianças deficientes foi fundamental para a integração, de fato, delas com as demais no ambiente escolar. Souza também destacou a qualificação dos profissionais para que pudessem atender as expectativas e promover a inclusão na rede municipal de ensino.
 
“A partir dos últimos nove anos, começou a se fazer um movimento para trazer a criança deficiente para dentro da escola e isso exigiu que nós vivêssemos um processo de transformação da escola para poder receber. Foi aí que nós começamos a investir na infraestrutura com rampas e terceiro banheiro para pessoas com mobilidade reduzida, preparação dos professores”, finalizou.
 

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