Diante das manifestações contrárias a proposta de alteração do sistema de prestação de serviço por servidores públicos classificada como Regime Jurídico Único (RJU), o prefeito Sebastião Almeida (PT) divulgou nesta sexta-feira, 02, um boletim informativo apontando para os funcionários da Administração Pública possíveis benefícios ilustrados por representantes supostamente aliados a proposta. Entre eles, em uma foto na primeira página, aparece o presidente do Stap, Pedro Zanotti, que classificou a iniciativa como uma manobra política para desqualificar os atos da entidade e confundir a categoria.
“É um jogo baixo, até porque a foto estampada no boletim foi tirada no dia em que recebemos a minuta do projeto (de Lei que instaura o RJU a partir de janeiro de 2016). Nós vamos responder com uma nota no site do Stap, no Facebook e já estamos repassando para a nossa gente aqui. Estamos respondendo”, declarou Pedro Zanotti ao GuarulhosWeb.
Segundo Zanotti, em função da resistência encontrada pelos servidores em relação ao Projeto de Lei apresentado, a Prefeitura estaria fazendo retaliações aos servidores que estiverem contrários a proposta do chefe do Poder Executivo. E que mesmo diante das punições reveladas, ele entende que os funcionários estão preparados para evitar que a proposta seja aprovada da forma como foi enviada.
“Na verdade eles vão usar as ferramentas que acreditam ser conveniente. Só que acontece, o servidor está preparado. Tanto que nos enviaram (este boletim) por diversos grupos (da rede social) para nós, inclusive outros documentos ameaçando descontar o dia do trabalhador e gratificações”, revelou o mandatário sindical.
Pedro também ressaltou que a intenção da Prefeitura não é a de prejudicar a entidade sindical, mas sim todo e qualquer o interesse que esteja relacionado aos servidores públicos. Em função do descumprimento da Lei Orgânica do Município e também de pontos que ferem a legislação trabalhista, o sindicalista afirmou que a paralisação prevista para acontecer na próxima segunda-feira, 5, é legítima.
“Isso tudo é jogo político deles contra o trabalhador. Veja bem, não é contra o sindicato e sim contra o trabalhador. Nós vamos tomar providências jurídicas em todos esses casos. A primeira coisa é a criação do banco de horas e o artigo 92 da Lei Orgânica, que prevê a discussão prévia com o trabalhador”, concluiu.