Nesta quarta-feira, 28, quando é festejado o dia do servidor público, eles pedem maior organização e estratégias que possam valorizar a prestação de serviço realizada pelos profissionais que integram o funcionalismo público. No entanto, além dos pedidos realizados em entrevistas ao GuarulhosWeb, também comemoram o fato de terem impedido o progresso da implantação do Regime Jurídico Único proposto pelo prefeito Sebastião Almeida (PT), que seria prejudicial à categoria.
“A gente conseguiu evitar perdas imensas que seriam consagradas caso o Regime Jurídico Único (RJU) elaborado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e enviado pelo prefeito, fosse votado. E do ponto de vista da crise que tem no país todo, e que infelizmente tem trazido perdas em diversos setores, essa é uma comemoração importante que temos a fazer”, destacou a jornalista da Câmara Municipal, Renata Moreira.
Contudo, ela ressalta que o funcionalismo precisa passar por um processo de reestruturação, em especial, nas questões que envolvem funções e suas remunerações. Para a comunicadora do Poder Legislativo, é notório a discrepância que existe entre as mais distintas atribuições e sua realidade na iniciativa privada. Renata também apontou a diferença estrutural que ocorre na Casa de Leis com o cenário vivenciado na Prefeitura.
“Tem alguns desníveis muito grandes no serviço público. Temos servidores com salários muito altos e bastante fora da realidade do mercado, e tem alguns outros que recebem valores que não chegam a dois salários mínimos. Falta plano de carreira, cargos e salários para as categorias. Aqui na Câmara é uma ilha de excelência em relação e estrutura de trabalho. Já na Prefeitura, em todas as suas diversidades de funções e atribuições é muito grande essa divergência”, explicou.
Já a servidora pública Beth Vasconcelos, agente de administração, acredita que falta organização e planejamento para a execução das tarefas propostas. “Precisa melhorar os procedimentos de trabalhos e evitar que os mesmos aconteçam muito em cima da hora. Também precisa de maior organização”, avaliou Beth.
Em contrapartida, o agente de cadastro, Alexandre Daffre, entende que o trabalho realizado pelo servidor público precisa ser diferenciado daquele praticado por profissionais diretamente ligados à política. Daffre ressaltou por esta situação a imagem deles perante a sociedade sofreu certo desgaste e até perda de credibilidade.
“Falta muita coisa. Uma delas é o respeito. Ao longo do tempo fomos sendo desvalorizado como trabalhador, sendo confundido com o servidor que está relacionado à política. Essa confusão tem gerado um pouco de descrédito para a nossa categoria”, concluiu.