O GuarulhosWeb conversou com a dirigente da Diretoria de Ensino de Guarulhos Sul, Maria Aparecida do Nascimento Barreto, na manhã desta quarta-feira (25). Ela explicou como as escolas estão enfrentando as manifestações contrárias à reorganização e apoiando alunos e professores neste momento de transição.
Nesta semana alunos do ensino público estão realizando a prova do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), porém – em algumas escolas ocupadas – o programa escolar foi interrompido, incluindo a aplicação da prova.
Em Guarulhos, 80 escolas realizaram a prova, porém três unidades de ensino, que não foram ocupadas, realizaram um boicote ao Saresp. “Os alunos foram influenciados por professores, divulgações no Facebook, panfletos e sites a participar do boicote, mas apenas três escolas participaram”, explicou a dirigente.
Maria Aparecida esclareceu que das 86 escolas do Estado localizadas em Guarulhos, apenas 15 passaram pela reorganização de salas propostas pela Secretaria. “É importante deixar claro que 50% destas escolas ficaram próximas, algumas delas separadas por muros ou poucos metros de distância”, contou.
Para evitar que mais escolas possam ser ocupadas, a Diretoria e os diretores das escolas estão conversando com os estudantes e grêmios a fim de esclarecer as principais dúvidas e orientar sobre como irá acontecer a reorganização. “Infelizmente os diretores e professores estão recebendo ameaças de ocupação de outras escolas no centro da cidade por mensagens de celular”. contou.
A dirigente explicou que as tentativas de reuniões para negociar com os estudantes e pais não puderam ser realizadas, já que as pessoas que procuraram a Diretoria eram sindicalistas e não os principais envolvidos. Na tarde desta quarta-feira (25), uma nova tentativa deve acontecer para tentar chegar a um acordo sobre as ocupações.
A Secretaria de Estado entrou com um processo de reintegração de posse das escolas ocupadas. “Estamos querendo reaver os diretos dos demais alunos que querem terminar o ano letivo”, encerrou a dirigente.
