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UNG nega que obra em prédio seja em patrimônio histórico

Apesar dos intensos questionamentos dos alunos de graduação em Arquitetura e Urbanismo, a UNG (Universidade Guarulhos) afirma que as benfeitorias no prédio G do campus Centro da instituição educacional são para ampliar e melhor atender os alunos. A entidade também ressalta que não há nenhum registro de que aquela área seja considerada patrimônio histórico da cidade. A unviersidade guarulhense agora pertence ao Grupo Ser Educacional. 
 
De acordo com a assessoria de imprensa, a universidade está investindo aproximadamente R$ 500 mil para reformar a estrutura do prédio G. Alunos, que preferem manter em sigilo suas respectivas identificações, afirmam que aquele prédio é considerado patrimônio histórico do município. No entanto, a Prefeitura preferiu não se manifestar sobre o assunto.
 
“Estão fazendo obras no prédio G, que é um patrimônio muito importante para Guarulhos, é um marco histórico da modernidade em nossa cidade. E estão acabando com o mesmo. Nós alunos estamos lutando para embargarem as obras, ligamos para o Arquivo Histórico de Guarulhos pedindo uma vistoria, eles ficaram de marcar, após irmos no Fácil”, explicou uma aluna do curso de Arquitetura.
 
A direção da UNG entende que as obras são necessárias para melhorar o atendimento de forma contínua aos estudantes. Segundo dirigentes, a obra também prevê uma área de atendimento três vezes maior que a atual, além de melhores condições de iluminação e ventilação. O objetivo é  apresentar o novo setor aos alunos logo no início de 2016 como parte de um pacote de melhorias que estão sendo planejadas.
 
Alguns estudantes rebateram o posicionamento da universidade sobre a proposta de ampliação da infraestrutura local e prometem se movimentar para interromper as obras porque classificam ser um patrimônio de grande relevância para a cidade, e que estão sofrendo com os efeitos da obra realizada. A UNG afirmou que não existe nenhum processo de tombamento envolvendo o prédio.
 
“Faremos nessa semana (um ato) para que parem as obras. Temos poucos patrimônios importantes em nossa cidade, queremos proteger um dos que foi um marco da arquitetura moderna. Além de tudo, nós alunos que estudamos no prédio G, passamos mal com o cheiro e a poeira da obra”, explicou uma estudante.
 
Responsáveis pela administração do campus revelam que a primeira fase da obra foi a edificação de paredes para isolar a área de movimentação dos alunos. Desta forma, a poeira não afeta o bom andamento das atividades acadêmicas. Outra questão importante é que trata-se de uma obra rápida que tem sua conclusão prevista ainda em 2015.
 

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