Onze dias após a primeira escola ser ocupada na cidade de Guarulhos por alunos insatisfeitos com a reorganização de salas propostas pelo Governo do Estado de São Paulo, cinco permanecem protestando, segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), que está à frente do movimento.
As ocupações realizadas por alunos, Apeoesp e movimentos estudantis estão concentradas: Escola Estadual Professora Alayde Maria Vicente (Vila Any), Escola Estadual Alice Chuery (Vila São Jorge), Escola Estadual Conselheiro Crispiniano (Centro), Escola Estadual Deputado José Storópoli (Santa Terezinha), Escola Estadual Ilia Zilda Innocenti Blanco (Lavras).
Na última semana, alunos contrários à ocupação conseguiram reverter duas ocupações que aconteceriam nas escolas estaduais Vereador Antônio de Ré (Macedo) e Juvenal Ramos Barbosa (Rosa de França).
Na Antônio de Ré, foi necessária a presença da polícia militar para que o tumulto fosse controlado. Alunos contrários e a favor da permanência na escola acabaram ocupando a unidade de ensino e após muita discussão ela foi desocupada e voltou a suas atividades normais.
Um áudio que teria sido gravado em uma reunião da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, no domingo (25), e compartilhado nas redes sociais, mostra que – apesar do diálogo que seria aberto com a população para que a reorganização pudesse ter a opinião de pais e alunos – o governador Geraldo Alckimin publicaria nesta terça-feira (1) um decreto para oficializar a reorganização de salas.
Outro ponto abordado nesta reunião seria a desmoralização as ocupações que tenham participação da Apeoesp. Em reportagem publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, o chefe de gabinete da Secretaria Estadual de Educação, Fernando Padula, confirmou o encontro com dirigentes, mas criticou o vazamento de áudio.
Ainda em entrevista para o jornal, Padula, afirmou que – mesmo com o decreto – é possível que em casos pontuais a reorganização possa ser discutida.
