Cidades

Mortalidade infantil em Guarulhos cresce em 2014 para 13,7

O índice de mortalidade infantil em Guarulhos atingiu o pior resultado dos últimos cinco anos, segundo a estatística do Registro Civil para o Estado de São Paulo, divulgada nesta quarta-feira pela Fundação Seade. Na cidade, a taxa de mortalidade infantil chegou a 13,7 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos no ano de 2014.
 
Os números de Guarulhos chegam muito perto da taxa média do Brasil, que é de 14,4 (neste índice estão incluídos todos os municípios do país, incluindo as regiões mais pobres). E vão na contramão de São Paulo, que “comemora” a menor taxa já registrada em todo o Estado. De acordo com a pesquisa, em 2014, a taxa de mortalidade infantil chegou a 11,43 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos.
 
As taxas em Guaruhos pioraram sensivelmente nesta segunda gestão do prefeito Sebastião Almeida (PT), que tem como secretário municipal de Saúde, o vice-prefeito Carlos Derman (PT).  Em 2010, a taxa era de 12,7. Caiu para 12,5 em 2011, depois subiu para 12,8 em 2012, voltou a 12,7 em 2013, e agora avançou 1 ponto, chegando a 13,7 mortes para cada mil crianças nascidas vivas.  
 
O Seade levou em consideração uma população em Guarulhos de 1.274.528 habitantes em 2014. Foram 21.433 nascimentos neste período e 293 óbitos, o que dá uma média de 13,7 ao final do ano. 
 
NO ESTADO
 
 Para efeito de comparação, de acordo com as últimas estimativas disponíveis, a taxa média do Brasil é de 14,40 óbitos por mil nascidos vivos. No contexto latino-americano, a taxa do Estado de São Paulo fica acima somente das registradas em Cuba (8 por mil) e Chile (10 por mil). 
 
No mesmo ano, 153 municípios não registraram nenhum óbito infantil, o que corresponde a 24%; além disso, outros 150 municípios registraram taxa de mortalidade infantil de apenas um dígito. Isso significa que 47% dos municípios paulistas possuem mortalidade infantil abaixo de um dígito. 
 
Em 2014, nasceram 625.750 crianças vivas, ou seja, 2,36% a mais que no ano anterior. Todas as regiões administrativas registraram crescimento no índice, chegando a 5,73% em São José do Rio Preto e a 4,16% em Barretos. Na região administrativa de Santos, o aumento do número de nascimentos foi o menor no estado: 1,44%. 
 
No entanto, quando comparado ao ano de 2000, na média do estado, houve redução de 10,53%, tendência que se observa em todas as regiões paulistas. Na região administrativa de Registro, a diminuição atinge 29,36%; na Região Metropolitana de São Paulo e nas regiões administrativas de Presidente Prudente, Marília e Franca a redução dos nascimentos supera 13%. 
 
Entre 2000 e 2014, a proporção de bebês cujas mães possuíam menos de 30 anos de idade apresentou significativas reduções, enquanto para aquelas com mais de 30 anos houve aumento nessa proporção, caracterizando nítida tendência de deslocamento da estrutura da fecundidade para idades mais avançadas. 
 
A proporção de nascidos vivos de mães mais jovens, com menos de 20 anos, reduziu-se muito entre 2000 e 2010; comportamento que vem se mantendo, e responde por 14,50% do total de nascimentos ocorridos em 2014. Percentual que ainda pode ser considerado elevado, pois entre outros fatores, há importante vinculação com a educação da mãe, dificultando ou mesmo impedindo a permanência dessas jovens no sistema educacional. 
 
Os óbitos masculinos respondem por 55% das mortes ocorridas no estado e o grupo etário com maior frequência é o de 75 a 79 anos. Em 2000, o número de óbitos masculinos no grupo entre 20 e 24 anos, chegou a ser 5,5 vezes maior que o feminino, reduzindo-se a 3,8 vezes, em 2014. Essa elevada diferença certamente está relacionada com as mortes violentas, mais comuns na população do sexo masculino. 
 
O número de casamentos tem aumentado nos últimos anos, atingindo total de 297.477 eventos em 2014, com incremento de 57% em relação a 2000, e de 6,1% em relação a 2013. A idade média dos noivos vem aumentando consideravelmente nos últimos anos. Em 1990, para os homens residentes no estado era de 26,91 anos e para as mulheres 23,96 anos. Em 2000, já eram de 29,06 e 25,93 anos, respectivamente, atingindo 33,45 anos e 30,68 anos, em 2014. Portanto, é possível notar que a diferença entre as idades médias ao casar para ambos os sexos está menor no último ano. 
 
Em 2014, foram registradas 2.051 uniões homoafetivas, sendo 898 uniões entre homens e 1.153 uniões entre mulheres, o que representa acréscimo de 4% em relação a 2013. As uniões homoafetivas representam somente 0,69% do total dos casamentos realizados no estado. Na região de Santos, essas uniões representaram 1,24% dos casamentos; em Barretos e Marília elas alcançaram somente 0,30%. 
 

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