Moradores da comunidade Hatsuta, localizada na região do Cecap, reclamam da falta de esclarecimentos por parte da Secretaria Municipal de Habitação sobre a realocação das famílias que serão transferidas para conjuntos habitacionais na Estrada das Lavras, localizada no bairro de mesmo nome.
Um morador contou ao GuarulhosWeb que, apesar de participar de reuniões sobre a transferência, as principais dúvidas dos moradores não são esclarecidas. Na iminência de mudarem de endereço, muitas famílias matricularam seus filhos em escolas na região dos Lavras. Porém, eles temem que a transferência não ocorra antes do início do ano letivo. “Ontem mesmo estive na Secretaria e a pessoa que me atendeu disse que não sabe quando o edifício será entregue, ainda é necessário uma visita e nós ficamos sem saber o que fazer, nossas crianças matriculadas lá e nós aqui perdidos”, explicou.
Em 18 de novembro, o secretário de Habitação Orlando Fantazzini (PT) declarou que a área onde está localizada a comunidade foi vendida pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para quitar dívidas da empresa que ocupava o terreno. O que aumentou a preocupação dos moradores que temem uma reintegração de posse a qualquer momento.
Segundo a pasta, foi realizado o cadastro de cerca de 600 famílias, que estão dentro da área da Hatsuta e que serão beneficiados pelo programa Minha Casa, Minha Vida. As demais famílias que se alocaram na comunidade após o cadastramento foram orientadas a se cadastrarem em outros projetos habitacionais.
A pasta afirmou ainda que o empreendimento do Lavras é de responsabilidade da Caixa Econômica Federal e que se encontra em fase de registro no cartório de imóveis. Com relação às crianças matriculadas, a Prefeitura informou que tem realizado reuniões para solucionar dúvidas dos moradores nos mais diferentes assuntos e que nenhuma criança será prejudicada.
A Prefeitura informou ainda que, na época do cadastramento das famílias da Hatsuta, os critérios utilizados foram morar na área referida, renda familiar mensal de até R$ 1.600, não ter sido beneficiado por outros programas habitacionais e não ser proprietário de nenhum imóvel no território nacional.