São Paulo, o estado mais rico da federação, congrega o maior número de cidades com um elevado índice de desenvolvimento, segundo revela um estudo do Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) divulgado no final do ano passado com dados de 2013. Dos 431 municípios que possuem um desenvolvimento considerado alto, quase metade está em São Paulo.
Guarulhos, a segunda maior cidade do Estado em número de habitantes, aparece na 153ª posição no Brasil e é a 84ª no Estado, com um IFDM (Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal) Consolidado de 0.8389. Um ano antes, que teve como base 2012, a cidade ocupava a 201ª posição no Brasil e era a 108ª em São Paulo, com um índice de 0,8288.
A líder no ranking é uma cidade de pouco mais de 30 mil habitantes no sudoeste de Minas Gerais. Extrema (MG) pulou da 569ª posição para o primeiro posto graças a uma série de avanços nas áreas de Educação e Saúde e, assim, conquistou o título de cidade mais desenvolvida do Brasil, segundo o índice.
A cidade mineira, localizada na divisa entre Minas Gerais e São Paulo, às margens da rodovia Fernão Dias, possui um mercado de trabalho com capacidade para empregar 65,7% de sua população em idade ativa – o dobro da proporção média do país. Mas não é só isso. Extrema também erradicou o abandono escolar no Ensino Fundamental e possui um IDEB médio de 6,1 – enquanto a média do país é de 4,5.
Do método
O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal varia de 0 a 1: quanto mais próximo de 1, melhor é o desenvolvimento da cidade.
A nota é calculada segundo a análise de três conjuntos de indicadores.
Em Emprego e Renda, o índice leva em conta o quanto a cidade gera de empregos formais, sua capacidade de absorver a mão de obra local, quanto de renda formal é gerada, os salários médios e a desigualdade social.
Já em Educação, a Firjan analisa o número de matrículas na educação infantil, a proporção de estudantes que abandonam o ensino fundamental, além da distorção idade-série, o número de professores com ensino superior, a média de aulas diárias e o resultado do Ideb no ensino fundamental.
O índice Saúde é calculado, por sua vez, com base no número de consultas pré-natal, óbitos por causas mal definidas, óbitos infantis por causas evitáveis e número de internações sensíveis à atenção básica (ISAB).
Em 2013, o IFDM Emprego e Renda recuou 4,3% e ficou com 0,7023 pontos, a menor nota desde a crise de 2009. Já a área de Educação avançou 2,8% com relação a 2012 e ficou em 0,7615. Os indicadores ligados à Saúde ficaram em 0,7684 – um crescimento de 1,9% em relação ao ano anterior.
As dez mais do país
Cidade – IFDM
1 – Extrema (MG) – 0,9050
2 – São José do Rio Preto (SP) – 0,9046
3 – Indaiatuba (SP) – 0,9009
4 – São Caetano do Sul (SP) – 0,9006
5 – Vinhedo (SP) – 0,8994
6 – Concórdia (SC) – 0,8933
7 – Votuporanga (SP) – 0,8914
8 – Paraguaçu Paulista (SP) – 0,8907
9 – Jundiaí (SP) – 0,8892
10 – Santos (SP) – 0,8846