Julia Gabrielly da Silva, de apenas 5 meses, passou pela cirurgia cardíaca que aguardava nesta sexta-feira, no Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, segundo informações obtidas junto a familiares da bebê. O caso dele ficou conhecido depois que a mãe, Maria Gabriela da Silva, com a ajuda da Defensoria Pública Estadual, chegou a solicitar a prisão do diretor do Hospital Municipal da Criança (HMC), em Guarulhos, por não cumprir uma ordem judicial que determinava a transferência da menina para um hospital de São Paulo, para se submeter a uma cirurgia no coração.
A transferência para o Incor só ocorreu em 31 de dezembro, depois que o GuarulhosWeb divulgou o caso pela primeira vez em 28 de dezembro.
A decisão pela transferência ocorreu um dia depois que a Defensoria Pública, pelas mãos do Dr Luiz Eduardo Coelho, encaminhou um pedido para a Justiça, solicitando a prisão do diretor do Hospital Municipal da Criança (HMC), em Guarulhos, por não cumprir uma ordem judicial que determinava a transferência de , para um hospital de São Paulo, onde deve se submeter a uma cirurgia no coração, um juiz plantonista compareceu à instituição de saúde municipal nesta manhã.
ENTENDA O CASO
Segundo o pedido impetrado na Justiça nesta segunda-feira, Julia Gabrielly da Silva, filha de Maria Gabriela da Silva, encontra-se internada no HMC desde 31 de outubro, mas precisa ser removida para um hospital de São Paulo para passar por uma cirurgia no coração, já que ela corre risco de vida. No entanto, o procedimento ainda não foi realizado, apesar da menina apresentar condições favoráveis para a transferência, conforme declarou a mãe à Defensoria e confirmou ao GuarulhosWeb.
Maria Gabriela informou que já conta uma decisão judicial para que a Prefeitura, responsável pelo Hospital, proceda a transferência. “Mas o pessoal aqui do Hospital diz que não tem vagas. Quando encontraram uma, disseram que ela tinha uma bactéria e não poderiam realizar o encaminhamento. Mas agora ela está em condições e eles não fazem a transferência”, afirmou na segunda-feira à reportagem.
Maria Gabriela já aguarda pela transferência da filha há nove dias para o Beneficência Portuguesa, Dante Pazzanesse ou Incor, sem que o HMC preste informações sobre os motivos de não realizar o procedimento. “No laudo de hoje, não existe uma única linha que informe ser o quadro clínico da criança o obstáculo a imediata transferência”, aponta o documento encaminhado pela Defensoria, que assim pede “a imediata remoção e realização da cirurgia”.
Por fim, a Defensoria pede a imediata prisão do diretor do Hospital por desobediência judicial, além da transferência da criança para a realização da cirurgia, com o devido acompanhamento de inspeção judicial para se apurar e acompanhar a remoção da criança.
A menina, que sofre de uma cardiopatia congênita, foi internada no HMC em 31 de outubro para o tratamento de uma broncopneumonia. Mas, segundo a mãe, ela não conseguiu melhorar devido ao problema no coração. Por isso, a urgência na transferência e na cirurgia. “Cada dia que passa é um dia a menos na corrida da minha filha pela vida”, disse na ocasião.
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