Cidades

Corpo de obeso não sepultado em Bonsucesso revolta familiares

Familiares de um homem considerado obeso, que não pode ser sepultado no Cemitério Bonsucesso, promoveram um protesto clamando por igualdade a todos no último sábado, em Guarulhos.  A mobilização aconteceu em frente ao cemitério e teve acompanhamento da Polícia Militar e Guarda Civil Municipal. 
 
Com faixas e apitos, os familiares e amigos de Valmir Azevedo Lima, 40 anos, motorista, pediam igualdade para todos e se lamentavam por não poderem sepultar o ente querido no local escolhido. Segundo a polícia, houve uma tentativa de invasão da rua Dona Catharina Maria de Jesus, mas logo os manifestantes desistiram e seguiram o protesto pacificamente no estacionamento do cemitério.
 
A Secretaria Municipal de Serviços Públicos esclareceu que o enterro não pode ser realizado no Cemitério Bonsucesso devido à falta de espaços para sepultamentos em terra. Os enterros estariam sendo realizados apenas em gavetas verticalizadas, que também servem para “obesos que se adéquam às várias opções de tamanho de urnas com limitação de algumas urnas de medida especial, representando casos esporádicos atendidos pelo cemitério”. Porém esclarece que a segunda fase de verticalização do cemitério está em andamento e prevê quadra de sepultamento destes casos especiais.
 
A pasta informou ainda que os obesos podem ser enterrados em qualquer cemitério da cidade, desde que o tamanho da urna seja compatível com a sepultura, gaveta ou jazigo em concessão às famílias. Mas completa esclarecendo que, quando se trata de urna de tamanho especial, recomenda-se os cemitérios de sepultamento em terra. No momento, o único em que vem ocorrendo em Guarulhos é o Campo Santo, Vila Rio de Janeiro.
 
A Prefeitura informa que deu todas as informações necessárias para a família, auxiliando-a desde a escolha da urna que se adequasse ao caso, até oferecendo a opção de sepultamento em terra em quadra reservada para a gestão do Cemitério Bonsucesso, porém a família não teria aceitado. O corpo acabou sepultado na Vila Rio no dia seguinte ao óbito.
 
A irmã de Valmir, Marlene Azevedo, informou ao GuarulhosWeb que não recebeu qualquer apoio da Prefeitura. "Sei que meu irmão não irá voltar. Mas decidimos fazer o protesto para que outras famílias não passem pelo mesmo problema que nós enfrentamos". 
 
 
Valmir Azevedo Lima, 40 anos, motorista, morreu no útlimo dia 31, após ficar 20 dias internado em um hospital tratando de uma diabetes. Na funenária, a familia foi orientada a tirar as medidas. Ele tinha 120 quilos quando faleceu. 
 

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