Cidades

Reintegração no Capão do Quilombo atinge 400 famílias nesta quarta-feira

Na manhã desta quarta-feira (24), policiais do 31º Batalhão da Policia Militar de Guarulhos apoiaram o cumprimento de uma ordem de reintegração de posse, na comunidade Capão do Quilombo, no Jardim Hanna, região do Lavras. Cerca de 400 famílias foram retiradas do local. Entre os desapropriados estava uma população indígena formada por cinco etnias.
 
Os policiais se reuniram as 4h30 e chegaram a ocupação por volta das 5h. Segundo o tenente Hélio Rodrigues Filho, em um primeiro momento poucos moradores estavam no local e questionavam os Oficiais de Justiça sobre os trâmites da reintegração. Porém, com a demora na chegada dos caminhões e maquinários para demolição, os ocupantes começaram a se aglomerar e iniciaram um tumulto.
 
Ainda segundo o tenente, alguns populares incitaram moradores para que eles se colocassem na frente dos tratores, para evitar a demolição. A Força Tática fez uma ação de choque para dispersar os manifestantes e evitar que as maquinas fossem danificadas ou que os condutores fossem agredidos. Não houve registro de feridos ou detidos durante o tumulto.
 
O 31º BPM, garante que realizou diversas reuniões com representantes da ocupação e advogados das partes envolvidas. Durante estas comunicações os moradores teriam sido alertados sobre a reintegração, que ainda não tinha data marcada. Além disso, o proprietário da área disponibilizou caminhões para que os moradores pudessem sair do local voluntariamente.
 
Para a realização da reintegração, além da Polícia Militar, estavam a Secretaria de Transportes e Transito, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto e a EDP Bandeirante.Outras pastas não haviam se manifestado até as 11h.
 
A reintegração deve se estender até o fim da tarde desta quarta-feira (24). A PM permanece no local dando o apoio ao Oficial de Justiça para cumprir o mandato.
 
Entenda o caso
 
A comunidade Capão do Quilombo foi formada há cerca de um ano e abrigava aproximadamente, 4 mil famílias. Apesar da ordem de reintegração de posse, emitida no fim de 2015, grande parte dos ocupantes não deixaram o local. No dia 17 de fevereiro, a equipe do GuarulhosWeb esteve no local e constatou que as construções continuavam a ser levantadas.
 
Os moradores acreditavam que o pedido poderia ser revogado já que o mapeamento topográfico, realizado pelos próprios ocupantes, apontava que o proprietário da área não teria direito ao perímetro que estaria sendo requerido, o que não se confirmou.
Eles chegaram a realizar diversas manifestações até a prefeitura, Câmara Municipal e fórum, para tentar sensibilizar o poder público e conseguir adiar a decisão, mas as tentativas não surtiram efeito e a reintegração foi realizada.

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