Cidades

Moradores da São Rafael tentam apoio da Prefeitura para adiar a reintegração

Moradores da comunidade São Rafael, localizada no bairro de mesmo nome, estiveram na manhã desta sexta-feira (8) no Paço Municipal, para uma reunião com representantes da Prefeitura e vereadores ligados a Comissão de Habitação.  Cerca de 300 famílias que moram em uma área de risco devem ser retiradas do local até o dia 13 de abril. Os manifestantes pedem apoio da prefeitura para estender o prazo de reintegração e o pagamento do auxilio aluguel.
 
Cerca de 80 moradores, segundo a Associação Ame São Rafael, estiveram na prefeitura para acompanhar a reunião que foi marcada para às 10h. Alguns moradores e representantes da Associação Ame São Rafael, foram atendida por volta do meio dia.
 
A comunidade está passando pela terceira fase de reintegração de posse de uma área considerada de risco localizada sob torres de transmissão de energia elétrica, da Companhia Energética de São Paulo (CESP). Outras duas áreas desapropriadas foram requeridas pela EDP Bandeirante.
 
Segundo Gilson Santos, presidente da Ame, durante a reunião, a Secretaria de Assuntos Jurídicos e a Comissão de Habitação se comprometeram a realizar uma reunião na segunda-feira (11), às 15h30, com a Cesp, responsável pelas torres de transmissão, para tentar interromper o processo de reintegração.
 
Quanto ao auxílio aluguel, Gilson explicou que a burocracia se estenderia por aproximadamente 30 dias, tempo superior ao prazo para a reintegração, o que seria inviável no momento.
 
Um projeto de revitalização da comunidade estaria em andamento desde o ano de 2007. Segundo o site do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) o projeto avaliado em R$58.971.880,74 estaria em obras. A prefeitura disse ao GuarulhosWeb que está realizando adaptações no projeto exigidos pela Caixa Econômica Federal, e afirmou que o início das obras depende dos ajustes e aprovações da Caixa Econômica Federal.
 
Os contemplados pelo projeto seriam moradores da comunidade já cadastrados. O projeto deve contar com dois prédios de 12 andares para realocar cerca de 360 famílias pelo Programa Minha Casa, Minha Vida.
 
Após a reunião, por volta das 14h30, um grupo de moradores iniciou uma manifestação na rodovia Fernão Dias, que passa ao lado da comunidade, queimando pneus e chegando a interditar algumas pistas. A situação ficou tensa e a polícia foi chamada.