Se durante a crise o maior sistema da RMSP chegou a abastecer 5,4 milhões de pessoas, o Cantareira voltou em abril a fornecer água para cerca de 7,4 milhões. O aumento em 1 milhão no número de pessoas abastecidas neste mês confirma a recuperação contínua do sistema e o fim da crise hídrica. ​ O sistema, porém, ainda atende menos pessoas do que antes da crise. Quando produzia 31,7 m³/s, o Cantareira abastecia 8,8 milhões. Hoje, o sistema produz 23 m³/s, conforme autorização dos órgãos gestores ANA (Agência Nacional de Águas) e DAEE. A afluência do sistema, que chegou a menos de 4 m³/s em outubro de 2014, hoje está em 23,3 m³/s.
Em relação ao bônus do mês de março (ver gráfico abaixo), o último computado após o cancelamento do programa pela Arsesp, o índice de adesão da população ao uso racional de água permaneceu praticamente estável, 78%, no mês de março. No entanto, dos 78% que reduziram o gasto de água em março, 43% efetivamente ganharam o bônus, enquanto os demais 35% diminuíram o consumo, mas não o suficiente para receber o desconto na fatura da Sabesp. Considerando todos os clientes que receberam bônus no mês passado, 35% reduziram o consumo em mais de 20% (faixa de bonificação de 30%), 3% diminuíram o uso entre 15% e 20% (faixa de bônus de 20%) e outros 5% tiveram um gasto de água entre 10% e 15% menor e ganharam bônus de 10%.
O percentual de clientes que tiveram que pagar a tarifa de contingência teve ligeira queda, passando de 23% no mês anterior, para 22% em março. Desses 22% de clientes, 14% pagaram sobretaxa, índice também inferior ao do mês anterior, que fora de 15%. O restante não recebeu o ônus porque consumiu até o volume mínimo de 10 mil litros mensais.
Este foi o último mês do programa de bônus e ônus da Sabesp. O bônus foi implantado em 1º de fevereiro de 2014 para os moradores atendidos pelo sistema Cantareira.