Atraída pela lei de incentivo fiscal, a China Automotive System chega a Guarulhos com investimentos da ordem de R$ 20 milhões, com previsão de mais R$ 15 milhões nos próximos dois anos. Inicia suas operações numa planta instalada no Complexo Industrial de Guarulhos, no Jardim Aracília, nesta segunda-feira, dia 16. A CAAS, situada no setor de autopeças, é uma fabricante global fornecedora de sistemas de direção para grandes montadoras.
A empresa, que mantinha apenas um escritório na Vila Galvão, vem atraída pela logística (a cidade é cortada pelas rodovias federais Presidente Dutra e Fernão Dias, além da estadual Ayrton Senna, beneficiada futuramente pelo Rodoanel, além do Aeroporto de Guarulhos) e da mão de obra qualificada encontrada no município. A chegada da CAAS deve abrir 50 postos de trabalho imediatamente nesta fase de implantação e dobrar até 2020, além de gerar outras 200 vagas indiretas.
A notícia da chegada de um grande player global é animadora. Em Guarulhos, a aplicação da lei de incentivos (7.306/11) permite a chegada de cinco empresas de portes médio e grande para este ano com a expectativa de geração de quase 1.000 postos de trabalho.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico Luís Carlos Teodoro, a chegada de empresas à cidade está alinhada com a política municipal de incentivos fiscais praticada em Guarulhos, bem como pela vantajosa logística. Essa política, explica, “mantém 13 mil postos de trabalho em cerca de 70 empresas beneficiadas, o que gera uma massa salarial muita alta que irriga a economia nos centros comerciais dos bairros beneficiando também comércio e prestadoras de serviços locais”.
Crise Econômica
Para o secretário, existe nesse momento um replanejamento da indústria no mundo todo, e as decisões tomadas nas sedes de empresas transnacionais, muitas vezes são irrevogáveis e inquestionáveis no âmbito do município – e até do estado ou federação. Muitas vezes, revela, são decisões tomadas nas matrizes, distantes do centro operacional e cumpridas pelos executivos locais. Uma empresa que tem três unidades em diferentes pontos, operando abaixo de sua capacidade de produção pode ser mais lucrativa se for unificada.
Teodoro garante que “o prefeito Sebastião Almeida tem se mostrado sensível às necessidades das empresas às quais temos visitado, identificando suas necessidades, mas as decisões de suspensão de atividades ou mudança para outras cidades são tomadas pelas matrizes, após estudos de viabilidade produtiva e econômica, o que não temos conseguido reverter”.
Prossegue: “A ferramenta possível para manter empresas na cidade precisa estar de acordo com a lei, como é o caso da lei de incentivos, em que a cidade abre mão de imposto em contrapartida ao aumento de arrecadação, manutenção ou ampliação dos postos de trabalho”, explica.
Guarulhos, segundo Teodoro, tem sofrido ainda com a especulação imobiliária, onde empresas em dificuldades se sentem convencidas de que a venda do imóvel e a compra em outra cidade (onde a especulação imobiliária é menos agressiva), podem resolver suas dificuldades financeiras.
Além da lei de incentivo fiscal, do fácil relacionamento da administração e trato com os empresários, as vantagens da cidade em relação a muitos outros centros industriais, descreve o secretário, é a “farta mão de obra qualificada em razão do perfil industrial que a cidade tem e de escolas profissionalizantes, como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que tem duas unidades em Guarulhos. Uma delas, inaugurada recentemente, só foi possível porque a Prefeitura doou um terreno de 27,7 mil metros quadrados orçado em quase R$ 14 milhões”.
A lei de incentivos fiscais tem cumprido seu objetivo de manter e atrair novas empresas da indústria e centros de distribuição, gerando empregos, massa salarial e tributos que são investidos nos inúmeros serviços da Prefeitura para sua população.