Mesmo com a ampla divulgação sobre a prevenção para evitar e eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti, os casos de doenças provocadas pelo inseto na cidade de Guarulhos continuam a ser notificados. Apesar da queda de registros de pessoas que contraíram dengue, outras doenças como a chikungunya, o zika vírus e a microcefalia foram notificadas.
Segundo ultimo balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde na quinta-feira (1), 1.190 pessoas contraíram dengue. Nenhum óbito foi registrado. A chikungunya não apresentou novos registros em uma semana. Permanecem os 74 casos confirmados. Quatro pacientes contraíram a doença nos bairros Taboão, Centro, Vila Carmela e Parque Santo Antonio, os outros 69 casos da doença são importados – pessoas que contraíram a doença fora do município.
O zika vírus foi diagnosticado em quatro pessoas. Em todos os casos a doença foi confirmada laboratorialmente e os pacientes não apresentaram problemas ou complicações.
A microcefalia proveniente do zika vírus foi confirmada pela primeira vez em agosto. Trata-se de um bebê nascido em março que apresentou a presença do vírus no líquor, sugerindo a infecção congênita pelo zika vírus, provavelmente contraído pela mãe durante viagem ao Rio de Janeiro.
Segundo a pasta, a criança estava sob investigação assim como outros 42 caos de microcefalia registrados desde novembro de 2015, quando a doença passou a ser de notificação compulsória.
O acompanhamento dos bebês está sendo realizado pela Unidade de Saúde e o Centro de Estimulação Precoce (CEP), que atende crianças com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, para reduzir e prevenir agravos e sequelas da doença.
Vacina brasileira para dengue
Os testes da 1ª vacina brasileira para dengue continuam a ser realizadas pelo Instituto Butantan, unidade da Secretaria de Estado de Saúde. Nesta quinta-feira (1) os testes clínicos em humanos estão sendo realizados em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Em São Paulo os testes serão realizados Faculdade de Medicina da USP e Santa Casa de Misericórdia.
Ao todo serão 14 centros de pesquisa credenciados pelo Butantan para a realização dos estudos. Os testes envolverão 17 mil voluntários em 13 cidades nas cinco regiões do Brasil. São convidadas a participar do estudo pessoas saudáveis, que já tiveram ou não dengue em algum momento da vida e que se enquadrem em três faixas etárias: 2 a 6 anos, 7 a 17 anos e 18 a 59 anos. Os participantes do estudo são acompanhados pela equipe médica por um período de cinco anos para verificar a eficácia da proteção oferecida pela vacina.